10.4.09

I Love it LOUD!!!

Lembro que eu tinha quatro anos quando o Kiss veio pela primeira vez ao Brasil. Era junho de 1983 e ali se encerrava o mistério dos quatro mascarados. Depois daquele show eles só voltaram a usar as pinturas no final dos anos 90.
Provavelmente aquela seja minha primeira 'memória musical', ainda que não tenha me marcado pela música em si, mas pelo visual. Um tio, irmão da minha mãe, ia ao show. O que eu me recordo é que o vídeo de "I Love it Loud" passava repetidas vezes na TV, em algum programa jurássico.

Não sei se era o ingresso para o show ou um panfleto promocional, mas me recordo de ver aquele pedaço de papel na casa da minha avó. De um lado ele tinha o fundo branco, com escritas em azul claro. Do outro a foto dos quatro integrantes da banda, com uma luz avermelhada. Era uma imagem que intrigava um garoto de quatro anos.

O tempo passou é só alguns anos mais tarde tomei consciência do que realmente era aquilo. Nas voltas do mundo vi o Kiss pela primeira vez em 1994. Depois novamente em abril de 1999, na turnê que marcou o retorno da formação original e das pinturas nos rostos. Memorável.

Dez anos mais tarde eu tive o prazer de mais uma vez vê-los no palco. Sobre o show em si você pode ler na matéria que escrevi para o TDM. O Kiss nunca foi uma de minhas bandas preferidas mas foram poucos os shows que eu fui nesses quase 20 anos de rock n' roll que eu gostei tanto. Mais até que o show do Iron Maiden, no mês passado.
Não é simplesmente uma banda tocando, é um espetáculo se luzes e explosões. Previsível e ainda assim incrível e fascinante. Infelizmente não pude tirar fotos desse show. Não oficialmente, mas tirei algumas com uma compacta, pelo menos pra recordação.

Se você gosta de rock e não foi, perdeu um evento único.

4.4.09

Quinta Psicodélica

Nem sei dizer quando foi a última vez que fui pra uma balada de quinta-feira (ah Madame Satã, ah Nias!), mas nessa quinta passada eu, Bel e a Alessandra fomos ao Café Piu Piu, ver o Violeta de Outono fazer um tributo às clássicas músicas do Pink Floyd da época do Syd Barrett.

Isso que foi uma noite clássica: um bar com mais de 25 anos, uma banda com a mesma idade tocando composições do maior banda de Progressivo do mundo (ohhhhh). Qualquer apresentação do Violeta é marcante. Esta foi a terceira vez que eu os vi ao vivo, e é sempre muito gratificante. Pena que a banda não tem o sucesso comercial que merece, apesar de ser muito respeitada e querida por fãs de progressivo nacional e pelo povo que curte as bandas nacionais dos anos 80. E não tô falando de merdas como Legião.

Piu Piu vazio, noite gradável. No palco o Violeta tocando versões exatamente iguais aos discos da primeira fase do PF. Músicas como "Interstellar Overdrive", "See Emily Play", "Green is the Color", "Arnold Layne", "Saucerful of Secrets", "Astronomy Domine" e outras, estavam no roteiro.

Particularmente prefiro a fase imediatamente pós-Barrett. É o período mais psicodélico do PF. Infelizmente eles não tocaram "Echoes". Provavelmente a música do PF que mais gosto. Pra terminar ainda tocaram duas músicas do repertório do Violeta: "Declinio de Maio" e outra do disco novo que não sei qual é.

O vazio do bar acabou ajudando um pouco na apresentação. Esse é o tipo de música para se curtir com atenção, ouvindo os detalhes. Em um local com um monte de gente conversando isso não funciona.
Quem quiser curtir a viagem de um show do Violeta é só ir ao Centro Cultural São Paulo no próximo dia 11/04. Tem apresentação por lá, apenas R$ 10,00. Te vejo lá.

Na vitrola No Good Trying - Syd Barrett