31.7.08

Ensaio - Karen

Essa moça nas fotos é a Karen. Atriz, professora, amiga da Bel e nossa modelo. Fizemos um ensaio no final de semana passado. As fotos estão na minha página no Multiply. Aqui só algumas pra vocês terem uma idéia.*
*
***
Na vitrola You Always Walk Alone - Michael Kiske

29.7.08

Interlúdio

- Hoje ouvi aquela música que você gostava.
- "...aquela que você gostava..." mas são tantas.
- Ah não sei o nome, mas lembro da letra. É um cara e uma menina que cantam.
- Canta aí então.
- Ah, não vou fazer isso. Tá bom, começa com alguma coisa como "Time, is like a dream...".
- Uhm sei. Engraçado como hoje em dia essa música faz sentido né?
- Por que?
- Porque a letra diz "What seems like an interlude now, could be the beginning of love", e hoje nos dois sabemos o que é que eu fui. Fui só um interlúdio.
- O interlúdio também tem importância na canção...

22.7.08

8º Festival de Inverno de Paranapiacaba

2º Final de semana - 19 e 20/07

Mais um final de semana de Festival de Inverno de Paranapiacaba. Este prometia ser o mais animado devido às atrações e a previsão se confirmou. No sábado, 19, estava programado um show da cantora Marina de la Riva, mas infelizmente foi cancelado. O jeito foi ir com o pessoal pro Bar do Copo Sujo tomar algumas cervejas. O bar que virou nosso 'point' no FIP é uma garagem bem pequena, as mesas ficam na parte dianteira da casa, em um gramado.

O singelo apelido de 'bar do copo sujo' é devido ao delicioso odor dos copos de vidro. Segundo uma moça que trabalha lá, é porque o utensílio fica guardado por um ano, e só é utilizado na época da festa, por isso o agradável cheiro de mofo que não saía mesmo lavando o copo...

Graças à bendita credencial de imprensa não foi necessário pegar a quilométrica fila para retirar o ingresso para os shows. A apresentação do Lenine foi muito animada. Confesso que nunca fui muito fã do cara, mas ele tem sim músicas muito legais e no palco ele é muito carismático, mesmo falando pouquíssimo com a platéia. Tem um texto sobre o show no Território da Música.

No domingão, 20, logo ao chegar em Rio Grande da Serra - ou das Trevas, como dizem - havia uma fila imensa esperando o ônibus que vai até Paranapiacaba. Depois de muita espera, finalmente Paranapiacaba, de novo. Quase perco o início do show do Mawaca, que eu realmente estava muito a fim de ver já que seria a primeira vez. E a primeira a gente nunca esquece.
Também não vou dar detalhes do show aqui, mas vou dizer que foi um dos melhores shows que eu já vi na vida e olha que eu já vi muitos, muitos. As seis vocalistas têm algo de mágico que encantam a platéia, e não é necessariamente algo físico, como alguém pode pensar.

As cores das roupas, das luzes, as danças, os instrumentos... tudo cria uma atmosfera incrível, além das músicas, claro. Esse eu recomendo que procurem, é demais. O texto tá aqui.

No mesmo dia o maranhense Zeca Baleiro encerrou a festa. Este foi o quarto show do Zeca que eu vi e todos foram demais. No palco Zeca é um pouco frio, fala pouco, mas as canções por sí animam e contagiam o público. Como sempre, o guitarrista Tuco Marcondes e o baixista Fernando Nunes são destaques. Se um dia o Zeca mudar a banda de apoio, com certeza vai ser difícil arrumar uma dupla como esses caras.

O show foi muito animado e com músicas de todos os discos. Durante "Lenha", Zeca contou que compôs essa música tentando criar algo parecido e inspirado em Walter Franco, mas o resultado final ficou mais pra Bruno & Marrone , tanto que a tal dupla regravou a música. Depois disso ele cantou alguns versos de "Serra do Luar", do citado compositor. Só essa parte já valeu o show, já que eu adoro o Walter Franco.

Pensando na muvuca de sábado, resolvemos ir embora logo após o show. De nada adiantou. A Vila não tem mais condições de suportara quantidade de gente que a cada ano comparece ao Festival. Só no primeiro final de semana foram mais de 29 mil pessoas.

Com isso, na hora de ir embora simplesmente tive que esperar o ônibus que vai direto até o centro de Santo André por três, TRÊS horas! Três horas na fila do ônibus!!!

A prefeitura precisa pensar em um modo de providenciar transporte suficiente para toda a multidão que vai até a Vila. O problema é que os ônibus que circulam até lá são intermunicipais.

No próximo final de semana tem Otto e a única coisa boa que o Otto tem é a esposa, a gostosíssima Alessandra Negrine. Como duvido que ela estará por lá, eu não vou. Pretendo ir até Ribeirão Pires, no Festival do Chocolate, ver Zé Ramalho! See ya!

16.7.08

Limpeza da Cidade

O corpo-a-corpo dos candidatos às prefeituras do Grande ABC já começou. É triste ver que a região que tem grande importância nas finanças do Estado há muito tempo vive em uma inércia política. Desde que me conheço por gente, Santo André não tem nenhum candidato ou político que valha a confiança. Melhor dizendo, teve um, mas ele foi assasinado em circustâncias ainda mal explicadas. Depois de Celso Daniel, mais ninguém.

Um dos candidatos da cidade é Raimundo Salles, do DEM. O candidato deu uma declaração esta semana de deixar os cabelos em pé. Ao ser perguntado o que ele pretende fazer com os usuário de drogas e moradores de rua que ficam nos arredores da Igreja do Carmo - uma das principais igrejas da cidade, bem no centro - Salles disse que pretende implantar atividades culturais permanentes na área. “Nada melhor do que ocupar a praça para diminuir este tipo de problema”, declarou o candidato.

"Esse tipo de problema" são pessoas que não tem onde morar e que precisam de assistência do poder público. Aí eu fico pensando o que o Senhor Salles quis dizer com "ocupar a praça para diminuir este tipo de problema"? Será que a solução da questão de pobreza, falta de moradia e instrução pode ser resolvida com atividades culturais? Que tipo de atividades?

Será que o Senhor Salles vai levar os moradores de rua do centro da cidade para um passeio? Talvez encher uma kombi e largá-los em outra cidade, assim como prefeituras do litoral fizeram?

Mas a declaração é facilmente entendida quando lembramos que o DEM é a nova encarnação do PFL... auto-explicativo.

15.7.08

8º Festival de Inverno de Paranapiacaba

1º Final de semana – 12 e 13/07

Começou no último final de semana a 8ª edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba. Entre as várias atrações que foram realizadas na Vila, as de maiores destaque foram as apresentações das cantoras Mariana Aydar, Isabella Taviani, dos cantores Seu Jorge e Wagner Tiso e do grupo Clube do Balanço.

A balada já começa na ida, com a galera toda no trem ou esperando o ônibus em Rio Grande da Serra. Parece excursão de escola. Ainda bem que tava um lindo solzão e céu claro, porque no frio lá é frio mesmo. Logo ao chegar na parte baixa da Vila um grupo tocava chorinhos. É uma viagem no tempo estar ali em Paranapiacaba e ouvir uns chorinhos ao vivo.

No sábado os shows foram da Mariana Aydar, que eu conhecia pouco, mas adorei. Ela tem uma voz linda, uma ótima performance no palco e por algum motivo me lembrou Janis Joplin, apesar de obviamente não ter nada a ver o estilo de uma com outra. Uma matéria sobre o show está publicada no Território da Música.

Depois ainda teve o show do Seu Jorge (tem matéria lá também). Nunca tinha visto o Seu Jorge ao vivo e achei legal. É um show muito animado, pra dançar mesmo. Quem estava mais pro fundo do local do show pode dançar, na frente era tudo apertado. Seu Jorge fala pouco mas agita muito, é quase um show Rock n’ Roll, se ela não tocasse samba...

Além dos shows principais tem as atrações menores pelas ruas da Vila. Uma delas, quase escondida, era uma dupla formada pelo colombiano Cecílio e a brasileira Tais. Eles tocam músicas folclóricas de países andinos, com flautas de bambu e outros apetrechos. Muito bonito mesmo, e não parecia aqueles grupos manjados de bolivianos-colombianos-venezuelanos.

Também rolou um show com uma banda de Classic Rock, o Erik Von Zipper, mas 'classic' mesmo, só velharia instrumental dos anos 60, ou em versões intrumentais. No repertório dos caras músicas de Johnny Rivers, Beach Boys, e o maravilhoso The Shadows.
Bom também foi descobrir um boteco que vendia uma porção muito bem-servida de calabresa com cebola! O ruim foi o cheiro do copo na hora da cerveja. Parecia que estava guardado numa caixa de madeira há uns cinco anos, com cheiro de mofo. Mas foi legal demais. Paranapiacaba sempre é legal demais.

Na volta sim foi como excursão. Apesar do frio – e tava frio pra cacete – a galera animada no ônibus cantava aqueles ‘hits de acampamento’: Raul Seixas e Legião Urbana. Puta merda, agüentar alguém tentando tocar violão no ônibus e cantando Legião é triste demais... a trilha sonora ainda rolou Mamonas Assassinas pra animar os mortos.

No próximo final de semana tem mais! Vai ter Lenine, Mawaca, Marina de la Riva e o melhor, Zeca Baleiro! Semana que vem comento aqui!

10.7.08

Do Coração Direito



Por isso não sabia amar. O coração era do lado direito.

Sexo


***
Na vitrola Love is as Good as Soma - Tiamat

***


Uma brincadeira pra animar, quem acertar o que são essas imagens, o que eu usei para fazê-las, ganha um CD coletânea, desses gravados em casa, sem capa nem nada. Ainda pode escolher o repertório, o acervo é razoável.

9.7.08

Mar Adentro

Segunda-feira eu e a Bel fomos mais uma vez ao SESI ver um dos filmes da série Histórias Reais. São filmes baseados em fatos reais exibidos gratuitamente todas as segundas pelo SESI até o dia 28/07. Nesta segunda passada, 07, assistimos "Mar Adentro", incrível filme do diretor Alejandro Amenábar, protagonizado pelo ator Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez / Amor em Tempos do Cólera).

O longa-metragem conta a história de Ramón Sampedro, um homem que passou 28 anos entrevado em uma cama. Quando jovem, Ramón foi dar um mergulho na praia e fraturou o pescoço, ficando tetraplégico. Ele luta na justiça pelo direito de morrer, já que segundo ele, a situação em que está não é digna, não é vida.
O filme deixa claro que aquela é a posição do personagem, que até respeita quem segue a vida em situação semelhante, mas isso não serve para ele. Bem-humorado, lúcido e inteligente, Ramón tem ajuda da advogada Julia, que sofre de uma doença degenerativa, para lutar na justiça pelo direito de morrer. Mas a justiça nega a ele a possibilidade de morrer amparado pela lei.
Com isso Ramón recebe a ajuda de alguns amigos para realizar seu plano, principalmente de Rosa, uma mulher sofrida que acaba se apaixonando por ele.

O filme é extremamente emotivo, e mesmo sabendo como esses climas são construidos nos filmes, não tem como não ser 'fisgado' pela emoção da história. A questão por traz do ótimo filme é até que ponto temos direito de escolher pela existência ou não em casos extremos como o de Ramón, que via sua vida passar através de uma janela.

O filme tem cenas e enquadramentos belíssimos, graças ao diretor de fotografia Javier Aguirresarobe.

8.7.08

50 Anos de Bosta Nova

Não, eu não errei o título. É bosta mesmo. Nos sites de música e cultura não se fala em outra coisa além das comemorações de 50 anos de criação da Bossa Nova. Isso encheu.

Eu escrevo em um site sobre música. Não sou músico, não sou teórico, não sou nada. Apenas sempre gostei muito de música e procuro entender e conhecer um pouco. Gosto de muitas coisas distintas - de Walter Franco a My Dying Bride, de Beto Guedes a H.I.M., de Ney Matogrosso a Manowar - mas tem coisas que não suporto mesmo. Isso é normal, claro, todo mundo tem suas preferências.

O que eu nunca suportei na Bossa Nova é essa cara burguesa-bucólica. Não que música deve ser sempre politizada ou 'consciente', seja lá o que isso for. Claro que a distância da Bossa em relação às músicas de protesto dos 60 e 70 pesa nessa minha preferência.

Além do mais, Bossa Nova é Jazz com uma tentativa de popularização. Que, aliás, falhou em tentar levar a música mais elaborada ao povo. Claro que teve a tentativa, como fez o músico Carlos Lyra, de unir a Bossa com o samba do morro, não deu.

E o chato João Gilberto? Como alguém paga pra ouvir aquele cara? O ingresso mais caro para um dos raros shows que ele vai fazer em agosto, no Rio de Janeiro, custa R$ 2.100! Isso já diz tudo. Tudo bem, é verdade que há ingressos de R$ 30,00, mas deve ser atrás de alguma pilastra.

Até o final do ano só vai dar isso nos sites de música: Bossa Nova e o novo piripaque de Amy Winehouse. Um saco!

PS: esqueci de colocar aqui que adoro as poesias do Vinicius de Moraes.

Sobre o assento reservado

Todo mundo que tem que pegar ônibus para se locomover sabe da tristeza que é a condução em qualquer cidade no horário de pico. Pela manhã, todos indo para o trabalho. À tarde, o povo voltando pra casa, ou indo para a escola. Já faz tempo que eu penso em escrever sobre isso aqui. Não sobre a dureza que é depender de transporte público. Isso não é novidade. O que mais me irrita, é algo que provavelmente vai fazer alguns dos meus seis leitores discordarem de mim.

Toda grande cidade tem leis municipais que garantem aos idosos acesso gratuito aos ônibus, assim como assentos reservados para os maiores de 60 anos. Acho isso muito importante, afinal, infelizmente, muitos idosos dependem apenas do transporte público. O problema é o seguinte: Por que todo velhinho quer andar de ônibus no horário de maior movimentação???

A porra do ônibus já funciona no limite de capacidade, já que o transporte público - em Santo André e na maioria das cidades brasileiras - não dá conta da quantidade de usuários, então por que, POR QUE, a velharada insiste em ir comprar pãozinho na hora do povo voltar do trabalho? Ou ir no bingo torrar a aposentadoria? Ou pega o ônibus, faz um sacrifício pra chegar até o fundo, pra descer dois pontos depois?

E vai você, com menos de 60 anos, sentar-se no banco reservado. Logo vem alguma vovózinha irritada e arrogante dizendo "dá licença que esse assento é meu". Percebam, "é meu". Acho que é necessário ter esses direitos reservados, mas não há paciência que agüente os vovôzinhos empacados no corredor do ônibus.

Não não, não me venha com aquele papo "um dia você também vai ficar velho". O problema não são os velhos, ou o assento, mas as atitudes.

3.7.08

Pane Geral! É o fim irmãos!!!

Bem-feito! Bem-feito, bem-feito, bem-feito pra você que usa speedy daquela empresa desgraçada. Ok, vou me conter e explicar.

O serviço de internet prestado pela Telefonica, o Speedy, ficou fora do ar ou com severas instabilidades durante toda essa quinta-feira, 03. O problema começou a ser sentido pelos usuário na tarde de quarta, 02, e piorou durante a madrugada. A empresa não tem previsão de quando o serviço será normalizado!

A Telefonica, pra quem esta lendo isso de outro lugar, é a empresa que mantem um monopólio disfarçado de concessão em todo o estado de São Paulo no serviço de telefonia fixa e internet. Orgãos do Governo Estadual, prefeituras, bancos e milhares de residência estão sem o serviço. Legal isso né?

Quem quiser é só procurar na internet que tem várias reportagens a respeito. Abaixo alguns links:

G1 - Globo
Folha de São Paulo

Óbvio que todo serviço tem seus problemas, mas é descarado o quanto a Telefonica abusa da concessão e a Anatel não se manifesta. Eu trabalhei por 10 anos nessa empresa, sei como funciona, pode ter certeza. E não pense que eu sai despedido e por isso tenho esse ódio todo. Eu sai porque pedi as contas e fui procurar algo na área em que eu estou estudando.

Lei do cão lá dentro e o usuário que se foda!

Ou então isso tudo não é culpa da empresa, mas sim um sinal do fim dos tempos. Pode ser isso irmão, pode ser que o tal Hercolubus, o planeta vermelho, esteja chegando para destruir a Terra.