21.6.07

O céu do dia triste

Tem dias que são tristes, não tem?
Não, não estou dizendo os dias que acontece alguma coisa que nos deixa triste. Estou falando sobre os dias que por alguma obra divina - ou não - são tristes na sua essência.

Sabe quando o sol está chegando no horizonte e o céu fica com uma tonalidade rosa, laranja? Pois então, esse é o meu dia triste.

Não sei o porquê. Desde criança, eu me lembro, que essas tardes me traziam vários sentimentos. Primeiro uma preguiça, depois uma ansiedade, um desespero e, por fim, uma deprê pesada. Não sei se isso é devido a alguma alteração atmosférica, alguma conjunção planetária ou algo que o valha.

Algum trauma de infância será? Mas isso vem desde a infância! Só se for trauma de outra encarnação. Carma? Será que eu já morri numa plácida e bucólica tarde com o céu alaranjado?

Ou será que é um sentimento premonitório e, na verdade, eu ainda vou morrer?

8.6.07

"Todas as mulheres são loucas, a começar pela mãe da gente"

Toda mulher é louca, menos minha vó.

Primeiro gostaria de pedir calma as mulheres que por ventura caiam nesse blog. Eu admiro muito as mulheres. Todas elas. A começar pela minha mãe, que sempre me ajudou mesmo quando eu tentava me virar sozinho.

Mas não é sobre isso que eu quero falar.

Essa frase que entitula o texto foi tirada de uma música muito singela da banda Kleiderman, projeto paralelo de Branco Mello e Sérgio Britto, dos Titãs, junto com a baterista Roberta Parisi. Aliás na época desse disco, 1994, a Roberta era lindona. Não sei agora.

Pois então, lindas, sensíveis, gostosas, mas loucas. É inevitável. Mas o 'leque' de tipos de loucas é extenso. E para ser sincero não tenho conhecimento suficiente para escrever um tratado sobre a loucura feminina aqui. Mas conheço uns tipos...

Todo mundo já ouviu alguma garota se referindo ao ex como "o falecido". Essas são perigosas porque demonstram um certo lado 'fêmea fatal', e aqui sem nenhuma conotação sensual ou erótica. É fatal mesmo, pode matar o ex se encontrá-lo. Claro, existem casos que o cara merecia mesmo partir dessa pra outra. Não estou aqui defendendo a classe masculina.

Tem aquela princesa encantada que beija o cara na balada e sai de lá achando que está casada. Não tem muito o que dizer. Carência talvez. Todo mundo é carente meninas, nós também, nós também...

Tem uma louca que não sei como classificar. Louca profetisa? Louca do Apocalipse? Louca pregadora?

Antes era "nunca gostei de alguém como gosto de você", "é óbvio que nossa ligação é algo além do que podemos entender", "nunca consegui dizer isso, mas Eu te Amo". Bonito né?

Depois, com o fim do relacionamento por culpa principalmente dela - e mesmo ela assumindo a culpa - ela vira e diz: "Ele? Ele foi um enviado do Inimigo na minha vida". Aos que não sabem, Inimigo é a nomenclatura utilizada pelos neo-pentecostais para designar o cramulhão, o coisa ruim, o chifrudo, o capeta.

Ai, ai... O que seria de nós, réles mortais masculinos, se não houvessem vocês e suas loucuras para nos enlouquecerem e nos redimirem?

5.6.07

Rosa

Rosa.

Não, o nome dela não é rosa, talvez se fosse ela usaria mais verde. Ou amarelo.
Ela tem dúvidas. (Mas quem não tem?)
Ela tem medo de crescer... eu acho. Não sou psicólogo - apesar de querer muito ter feito psicologia - mas eu vejo isso.
Ela tem é medo de ser mulher. Ela quer apenas ser menina, talvez ainda brincar com uma boneca, escrever em seu diário - mesmo que seja virtual.
Ela desvia o olhar quando a gente olha bem dentro dos olhos dela. Desvia o olhar, abaixa a cabeça e mexe no cabelo.
Ela escreve muito melhor do que a maioria da turma mas tem crises em relação à isso.

Ela usa rosa.