8.12.08

Silent Disco

Balada é sinônimo de som alto, certo? Errado. Neste sábado, 06, fui em uma 'Silent Disco', uma balada sem som. Ou melhor, claro que tinha som, música, DJ e luzes, mas o diferencial é que só ouvia a música quem estivesse usando um par de fones.

A tal badala foi em pleno Parque Trianon, na Av. Paulista. Como parte dos eventos natalinos, a prefeitura paulistana contratou o DJ holandês Nico Okkerse, especialista nesse tipo de festa. Já existem casas noturnas e festas do tipo, mas assim, em pleno ponto turístico, à noite, com entrada franca, foi a primeira vez que ouvi a respeito.

A Silent Disco do DJ Nico Okkerse estará 'funcionando' nos próximos dois finais de semana. Se tiver oportunidade, vá até a Paulista, veja a bela decoração e ainda entre na balada. É aberto à todos, sem restrição de idade. É uma experiência inusitada e muito bacana. Acho que estarei por lá também.

3.12.08

Novo! Novo!

Alô amiguinhos! É o seguinte:

Agora meu Flickr é pró, o que significa que eu tenho muito mais espaço nesse mundo virtual para mostrar minhas fotos, meu trabalho, minha técnica, meu talento, meu domínio da arte e minha modéstia, há, :-D. Ah, não posso deixar de dizer que foi presente de aniversário da Belzz ;-* Aproveita e vê o Flickr dela também.

Então aproveite o ócio e passa lá: www.flickr.com/photos/eduguimaraes.

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Na vitrola Runaway Boys - Brian Setzer and the Nashvillains

30.11.08

Aquela noite

Aquela noite prometia. Prometia ser um martírio. Ter que agüentar aquelas pessoas que ela não conhecia, naquele lugar que ela não curtia, com aquelas músicas que não eram de sua época. Tudo aquilo era indício de uma noite maçante. Pior que isso era o fato de ir para aquela festa se sentindo obrigada. “Maldita hora que eu prometi ir”, pensou enquanto se olhava no espelho, após o banho, com os ombros à mostra.

O que mais a irritava nessa história era pensar que naquela mesma noite poderia estar em outros braços. Os mesmos que na noite anterior circularam sua cintura. Mas hoje a boca que ela beijaria era outra.

No horário marcado o encontrou e foram para a festa. No caminho, ao olhar pela janela do carro, seu pensamento viajava e a transportava para a mesma sala e o mesmo sofá da noite anterior. Sentia-se feliz por ainda trazer aquele gosto na boca. Quase podia sentir as mãos em sua cintura.

Mas hoje as mãos e a boca em seu corpo eram de outro. E cada vez que ele se aproximava e a beijava, ela podia fechar os olhos e imaginar outro em seu lugar. Foi assim que ela suportou aquela noite.

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Na vitrola Prece ao Vento - Quinteto Violado

26.11.08

A Primeira a Gente Nunca Esquece

Olá, tudo bem? Sim, eu ainda estou vivo, apesar da faculdade. É ela que tem me mantido longe do Sanctuarium.

Nesta terça-feira, 25, eu participei da minha primeira coletiva de imprensa. Foi no Auditório da Escola de Música e Tecnologia e os entrevistados foram Junior Lima, Champignon, Peu Sousa e Perí, integrantes da banda Nove Mil Anjos. Figurinhas conhecidas do cenário Pop Rock nacional, os caras estão lançando o primeiro álbum da nova banda, auto-intitulado. Não vou me alongar por aqui. A
matéria sobre a coletiva está disponível no Território da Música. Não esqueça de conferir as fotos, claro. Só tenho que comentar como existe jornalista cretino por aí. Por isso que os profissionais da área são tidos como da pior espécie. Só não são piores que os advogados. Tinha um jornalista na coletiva que só falou merda. O cara estava lá enviado por um programinha desses de fofoca para tiazinha que não tem o que fazer. Um programa da Rede TV! Por aí já dá pra saber o nível.

Mas então, o cara só fez perguntas cretinas, nada a ver. Pra começar ele parecia um pavão, falando alto e não respeitando quando outro jornalista estava com o microfone para fazer as perguntas. Logo de cara - ele foi o primeiro a perguntar - e já chegou com essa: "Tenho várias perguntas sobre a banda e sobre a celebridade da banda, que é você, Junior"...

Em outro momento o excelentíssimo jornalista/cinegrafista perguntou sobre os paparazzi e o segmento da imprensa que vive de fofoquinhas. O segmento que ele faz parte. Os caras da banda foram categóricos em dizer o que pensam, obviamente nenhum disse que é super legal aparecer nos programinhas e revistas de fofocas. Será que o cara entendeu o recado?

É o tipo de coisa que dá vergonha alheia.

3.11.08

Solitude ou Solidão

(Parque do Ibirapuera, 01/11/2008)

O que é solitude, o que é solidão?
Cada um sabe da sua.

14.10.08

Zuado pra cara**o

Você percebe que tá zuado pra caralho quando se acha parecido com alguém que você sabe que é zuado pra caralho. Entendeu? Olha aí, eu e o Timo Tolkki:

putz...

13.10.08

Helvetia Music Festival

Olá, tudo bem?!

Neste último final de semana fui cobrir um dos grandes eventos de música eletrônica do país, o Helvetia Music Festival. Esta foi a terceira edição do HMF e foi realizada em Indaiatuba, interior de SP. Resumindo: louco e cansativo!

Eu fui como fotógrafo 'freela' pro site !ObaOba. Nós encontramos na redação do site às 10h30 do sábado, dia 11, e saímos rumo à balada por volta do meio-dia. Eramos em seis fotografos na van, inclusive a professora Dona Isabel. O pessoal foi muito bacana e foi bem legal essa 'maratona' fotográfica.

A balada em si é loucura total! Três tendas e um palco principal com muitas luzes e som alto. Tá certo que era tudo eletrônico e seus derivados, e a única coisa de eletrônico que eu conheço são algumas bandas de Trip Hop (Portishead, Massive Attack, Kosheen, Hooverphonic, etc) e, claro, os clássicos dos anos 80. Não rolou nada disso.

Como não manjo nada do som, deixemos isso pra lá. Só sei que foi bem legal as apresentações do Fischerspooner (foto abaixo) e do Funkerman! Como fotógrafo, tinha muita paisagem pra tirar foto... paisagem humana, digamos assim. Todo mundo bombadinho, os caras fortões, as meninas gostozonas... coisa de quem não tem o que fazer e deve passar quatro horas diariamente na academia (ôôô inveja). E as luzes do palco principal são incríveis, além das projeções de imagens no telão e monitores.

Agüentar a noitada foi phoda! Eu e os outros fotógrafos ficamos cerca de 27 horas acordados, sendo umas 16 horas direto no evento. foi bacana para conhecer como isso funciona, mas de graça, essa foi a última vez. As fotos - minha e dos outros fotógrafos - estão sendo publicadas aos poucos no canal oficial do Helvetia no site do !ObaOba.


10.10.08

The Cult

Sem tempo, sem tempo, sem tempo pra escrever qualquer coisa aqui. Mas se você curte - ou se nunca ouviu falar - The Cult, leia lá a resenha do show que eu cobri na última quarta-feira, 08. Resenha e galeria de fotos no Território da Música.
- Na vitrola "A Dama de Ouro" - Zéu Britto -

21.9.08

Isso é seu!

... e meu também.
Isso é o resultado de tudo que você joga no lixo. Foto tirada no aterro sanitário de Santo André. O local é uma montanha enorme feita de lixo. Essa é uma pequena parte que está sendo usada, o local é imenso e literalmente é uma montanha recheada de lixo. Após os montes chegarem a determinada altura, eles são cobertos por terra.

Para a montanha não explodir são colocadas essas peças de concreto utilizadas para canalização de córregos. Elas funcionam como respiros para a saída do gás gerado pela decomposição do lixo. Abaixo é possível ver a área total.

16.9.08

Pensa num bicho esperto!

Clica aqui pra ver o cachorro mais esperto do mundo, treinado pelo Magáiver e pelo Chuqui Nóris. Vai com fé!

13.9.08

Cada um pra sua sardinha

Não, não. Ainda não tenho o tal diploma. Mas afinal minha parte eu quero em dinheiro.

11.9.08

"Ô moça, quanto custa?"

Era uma vez, nos idos de 1991 ou algo que o valha... quando eu ainda era um garoto magro e comecei a deixar o cabelo crescer, eu arrumei muita briga por aí. Não briga de sair na porrada mesmo, mas alguns bate-bocas na fila do açougue, da padaria, do mercado e em outros estabelecimentos. Tudo porque sempre tinha algum féla que achava que eu era uma menina. Só porque eu tinha 11 ou 12 anos e meu cabelo já estava grande.

Lembrei desses momentos deprimentes da minha puberdade/adolescência porque ontem estava eu no mercado quando uma senhora chegou do meu lado e perguntou "moça, quanto custa essa lingüiça?", me mostrando uma bandeija com duas calabresas defumadas.

Primeiro eu ignorei a velhinha e contei até 10 antes de mandá-la à merda. Mas não satisfeita em ter sido ignorada ela disse novamente "ô moça, vê pra mim quanto custa". Ao meu lado um funcionário do mercado fingia que não estava percebendo o caso. Respondi pra senhorinha: "três e oito", caprichando no grave, pra ver se ela se tocava.

- Quanto? três e onze?
- T R Ê S e O I T O, retruquei quase soletrando.
- Ah, é três e onze - ela falou se dirigindo para uma amiga que devia ter a mesma idade.

O funcionário do mercado olhou pra mim e só disse "é, é difícil". "O mais lindo foi o 'ô moça'", ainda comentei com o cara.

7.9.08

Scorpions

Credicard HELL lotado para mais uma apresentação do Scorpions em São Paulo. Legal perceber no público uma mistura de molecada e tiozinhos. Tinha lá senhoras e senhores já há muito com os cabelos brancos - alguns sem cabelo, é verdade.

O show foi muito animado, os caras ainda se portam no palco como há 20 anos.

Principalmente o guitarrista Rudolf Schenker que agita o tempo todo, faz caretas pros fotógrafos, cheio de poses e muito simpático. Klaus Meine estava menos falante nesse show do que o último que eu vi, no ano passado, mas ainda assim agradece sempre ao público e também se mostra simpático, sempre sorrindo.

Como prometido, o show começou elétrico e teve uma parte acústica. A banda contou com alguns convidados no palco, inclusive o guitarrista Andreas Kisser. Os outros eu nem sei quem são. Kisser tocou com a banda a ótima instrumental "Coast to Coast" e logo em seguida começou a parte acústica do show.
Logo de cara "Always Somewhere", a baladinha deles que eu mais gosto. Também tocaram "Holiday", Rhythm of Love" e "Dust in the Wind", original do Kansas. As músicas acústicas não tiveram a mesma produção das versões do DVD "Acoustica", mas ainda assim foi bem legal ouvir versões diferentes das originais.

A galeria de fotos do show está lá no Território da Música.

6.9.08

Eu gosto de Música

Eu gosto de Música. Não sei se eu já disse isso aqui, nem sei se alguém percebeu, mas eu gosto de Música. Música com 'M' maiúsculo. Provavelmente a minha maior frustração é não entender nada de Música e principalmente não tocar nada. Mas eu gosto mesmo assim. Isso de certa forma me serve de consolo. E por isso mesmo eu tento conhecer muitas coisas. Claro, tem coisas que não gosto mesmo e até tento ouvir, mas não me causam nada. Em compensação, tem coisas que me fazem viajar.

Em poucos minutos estarei à caminho do show do Scorpions. Esta será a quarta vez que eu vejo os alemães por aqui e a segunda que eu vou trabalhando. O primeiro show internacional que eu fui, em 1994, foi justamente do Scorpions, no extinto Olympia.

Mas voltando. Eu gosto de Música. Quando as pessoas perguntam se alguma Música marcou ou algo do tipo, é difícil dizer. Tem sim algumas que marcaram alguns lugares, épocas e pessoas. Todo mundo tem. Se não tem deveria ter. Mas eu não saberia montar uma 'trilha sonora da minha vida' - bonito isso. Mas eu gosto de Música. Gosto e dou aquelas viajadas quando ouço algumas em especial.

"Pseudo Silk Kimono" do Marillion, por exemplo, é um puta som que eu literalmente viajo! E nem preciso ter usado / tomado nenhum alterador de consciência - modo bonito de dizer cerveja, pinga ou maconha. Voltando ao Scorpions, a clássica e manjada "Still Loving You" é outra pra viajar. Não por ser baladinha e tals, mas aquele solinho do final... putz... não tem como não fazer aquela cena ridícula de 'air guitar' ouvindo aquele finalzinho.

Eu ainda não consigo com minhas fotos passar o que eu sinto nos shows, mas é esse meu objetivo. Ainda sou ruizinho, o equipamento não é lá grande coisa, mas um dia eu consigo. Bom, esse texto não diz nada, mas eu vou indo pro Scorpions. Depois conto como foi o show. Talvez pra ninguém, talvez pra um, dois, seis.

Na vitrola Kayleigh - Marillion

4.9.08

Bola Dividida - Zeca Baleiro

"Será que essa gente percebeu,
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída,
só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele, vai fazer comigo

E vai fazer comigo exatamente igual
ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal

Será que essa gente percebeu
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola à ele e ele nem ligou"

- composição Luiz Ayrão - interpretação Zeca Baleiro -

Essa é uma das músicas do novo disco do Zeca Baleiro. O disco foi batizado como "O Coração do Homem-Bomba Vol. 1" e é muito bom, diria que um dos dois melhores da carreira dele. Essa música é do famoso sambista Luiz Ayrão e a letra é muito engraçada.

Aliás, eu sempre fui partidário desse lema, nunca entro em bola dividida. Logo mais tem a resenha do disco aqui!

3.9.08

É MetoDisney!!!

Nesta terça-feria, 02, o Salão Nobre da Universidade Metodista - onde eu estudo - recebeu o candidato a prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), em um ato de apresentação da candidatura. Estiveram presentes no evento a ministra Dilma Roussef, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, além de muitos militantes do PT e outros partidos e entidades civis.

Infelizmente não pude assistir ao evento, já que estava fazendo uma prova, mas consegui assistir uma parte. Nada de novo, já que se tratava da apresentação do programa de governo de Luiz Marinho. A ministra Dilma aproveitou a oportunidade para falar novamente sobre o petróleo descoberto na camada de pré-sal. Nada de novo, mais uma vez.

Mas o que foi interessante foi a briga que aconteceu no local. Alguns alunos do curso de Filosofia entraram no auditório e solicitaram participar do evento indagando a ministra. Eles foram simplesmente escurraçados na base da porrada.

Alguns militantes do PT desceram a porrada nos playboyzinhos metidos a intelectuais que foram lá reclamar sabe-se lá do que. Logo que entraram no auditório um deles gritou "Mercadante, você é ladrão!", durante o discurso do senador Mercadante. Logo foi agarrado por um segurança do PT. A bagunça continuou no jardim em frente ao prédio.

A notícia que corre é que a pessoa que organizou a manifestação é partidária de outro candidato e militante política.

Detalhes aqui ó:
G1 / JB / Folha


E tinha gente por lá que eu adoraria ver apanhando.

1.9.08

Zé Ramalho - Zé Ramalho da Paraíba

As pessoas que não conhecem a discografia e trajetória de Zé Ramalho e só tem como referência parcerias de qualidade duvidosa com duplas de música sertaneja / romântica, podem se espantar ao ouvir este disco. “Zé Ramalho da Paraíba” é como um pergaminho que encontrado hoje explica antigos mistérios.

Para aqueles que conhecem a carreira do cantor, a postura Rock n’ Roll que ele demonstra no palco e nas letras é facilmente percebida e entendida. Este novo álbum mostra a gênese de tudo isso. “Zé Ramalho da Paraíba” traz gravações de shows realizados na Paraíba entre 1973 e 1976, antes do cantor se tornar um dos grandes nomes da MPB.

É um disco de Rock n’ Roll, Blues e música nordestina em perfeita harmonia. É verdade que nessa fase o Rock n’ Roll falava mais alto, mas é um Rock ‘bicho-grilo’ que permeava o trabalho de muitos artistas nessa época. Aos desavisados pode até parecer inusitado encontrar coisas que lembram Led Zeppelin - em “Jacarepaguá Blues” - e Pink Floyd - em “Luciela”, que lembra “Echoes”. E a capa, não lembra o "Vol. 4" do Black Sabbath?

O álbum é duplo e traz 23 músicas, incluindo “Admirável Gado Novo”. Está é uma faixa bônus gravada em 1977 no Rio de Janeiro. Algumas músicas que se tornariam grandes sucessos da carreira de Zé Ramalho estão neste álbum em versões embrionárias, como “Jardim das Acácias”, “Jacarepaguá Blues” e “Taxi Lunar”, que abre o disco.

Outras são praticamente desconhecidas, como a bela “Luciela”, “Puxa Puxa”, “Terremotos” e “Falidos Transatlânticos”, regravada e lançada só em 1998. Desde sempre o misticismo é tema presente nas composições de Zé Ramalho. Nesta compilação de raridades esse lado místico, influenciado por experiências alucinógenas, se faz presente em várias faixas.

O álbum traz também duas faixas com discursos de um irado Zé Ramalho praguejando contra a crítica, comentando sobre o show e até cortando o cabelo no palco. Antes de "Avohai" Zé conta que seu avô faleceu três dias antes daquele show e emocionado explica sobre o significado da música.

As gravações originais contidas neste álbum foram registradas em fitas cassete durante os anos 70 e por isso, obviamente, a qualidade do áudio não é muito boa. Ainda assim consegue passar o sentimento e o clima do show, trazendo para o público essas raridades.

“Zé Ramalho da Paraíba” é o primeiro lançamento do selo Discobertas, do produtor e pesquisador musical Marcelo Froés. Pode-se dizer que começou com o pé direito. A raridade do material e a oportunidade dessa viagem ao início da carreira de Zé Ramalho compensam a qualidade precária do áudio. Essencial para os fãs e uma boa pedida para os curiosos.

- publicado originalmente no Território da Música -

27.8.08

Revelações Religiosas


Parece que os pastores de Portugal são bem melhores que os nossos. Por aqui nunca ouvi falar que uma mulher sem útero teve dois filhos. Nem que um travesti se tornou ex-travesti. Pensando bem ele pode ter deixado de ser travesti... E o cara ainda se cuidou da Sida? Sabem o que é Sida né? Nós somos um povo tão burro que até doença queremos chamar pelo nome em inglês.

Ontem conversando com a Dee ela me passou um vídeo revelador. Nesse momento religioso vou colocar só o link aqui. Aconselho vocês a verem. Principalmente as meninas que tiveram infância nos anos 80. Amém, salve aleluia e não esquecam...

"O Diabo é o pai do Rock!"

26.8.08

Tarja Turunen

No último sábado, 23, fui cobrir o show da Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish. Confesso que nunca fui fã da banda, mas até gosto de algumas músicas. O disco solo da Tarja eu gostei, até fiz uma resenha pro Território, mas confesso que fui pro show sem esperar grande coisa. Me surpreendi.

Tarja é bonita, mas é uma beleza um tanto quanto exótica. Ela tem uns traços estranhos, mas é uma mulher bonita. O Credicard Hall estava vazio e isso não esperava, já que a cantora e sua ex-banda tem uma grande quantidade de fãs por aqui, mas parece que a molecada não arrumou carona pra ir ao show.

Tarja é muito simpática. Em vários momentos ela se dirige ao público e falando em português! Durante o show ela também troca de figurino umas quatro vezes - não é só a Britney Spears e a Madonna, viu. Ela realmente canta muito e a banda que está com ela no Brasil é ótima, principalmente pelo baterista Mike Terrana, ex-Rage, e pelo baixista Doug Wimbish, ex-Living Colour.

Um dos melhores momentos foi na execução de "Phantom of the Opera", que ela cantou junto com o vocalista Edu Falaschi, do Angra / Almah. Ele cantando foi meio triste, mas a música é demais. Antes de começar ela comentou que iria apresentar a música que a estimulou a cantar.

O xará Eduardo Kaneco fez a resenha do show, tá la no TDM. As fotos são minhas :-D



10.8.08

Ney Matogrosso

Como comentei anteriormente, eu fui no show do Ney Matogrosso. Show não, espetáculo é a palavra mais correta. O cara é demais! Com 67 anos de idade e cheio de energia. Como escrevi sobre o show pro Território da Música, não vou me alongar por aqui. Mas se você gosta, vai ler que o show foi mesmo muito bom.

O momento que mais me agradou foi logo na segunda música, quando ele cantou "Mal Necessário". Pena que nesta turnê ele não está cantando nenhuma do Secos & Molhados e nem "Poema", mas valeu!

Algo que fiquei tentando imaginar é como as pessoas encaravam tudo isso que Ney é no palco em 1974, com o estouro do Secos & Molhados, em pleno regime militar, em um país conservador e católico.

Aí lembrei que uma vez li uma definição de como era isso. No encarte do CD com os dois primeiros álbuns do S&M tem a seguinte descrição de Luiz Carlos Maciel:

"Se, naquele tempo, uma nave-mãe tivesse pousado, por exemplo, na praça dos Três Poderes, em Brasília, e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento que pudessem rivalizar com os provocados pelas primeiras apresentações ao vivo de m novo grupo de música popular brasileira chamado Secos & Molhados".

O Secos & Molhados é história, mas Ney continua causando o mesmo impacto.

***

Na vitrola Novamente - Ney Matogroso

7.8.08

Mal Necessário

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou as mesas e as cadeiras desse cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo

Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.

Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata

Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.

- composição: Mauro Kwitko - interpretação: Ney Matogrosso -

Fala se isso aí não é demais?!
Confesso, sempre gostei do Ney Matogrosso, por mais bizarro que ele pareça. Amanhã vou no show dele, depois conto como foi. Claro que teremos fotos, muitas fotos!

6.8.08

As fotos misteriosas

Bom, bom, como nosso Concurso Cultural não foi um sucesso e poucas pessoas tentaram acertar do que se tratava as fotos, vou revelar o grande segredo. Primeiro, obrigado à vocês meninas que deram seus palpites: Bel, Mila, Jade, Cindy, Thaína, e Liz. Pra descobrir é só seguir as fotos:


Sim, é isso. Uma garrafa de plástico com um pouco de Coca-Cola . O reflexo do líquido macabro e as formas do fundo do vasilhame fizeram aquelas formas quando colocadas direto contra a luz do sol.

Fácil né?

31.7.08

Ensaio - Karen

Essa moça nas fotos é a Karen. Atriz, professora, amiga da Bel e nossa modelo. Fizemos um ensaio no final de semana passado. As fotos estão na minha página no Multiply. Aqui só algumas pra vocês terem uma idéia.*
*
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Na vitrola You Always Walk Alone - Michael Kiske

29.7.08

Interlúdio

- Hoje ouvi aquela música que você gostava.
- "...aquela que você gostava..." mas são tantas.
- Ah não sei o nome, mas lembro da letra. É um cara e uma menina que cantam.
- Canta aí então.
- Ah, não vou fazer isso. Tá bom, começa com alguma coisa como "Time, is like a dream...".
- Uhm sei. Engraçado como hoje em dia essa música faz sentido né?
- Por que?
- Porque a letra diz "What seems like an interlude now, could be the beginning of love", e hoje nos dois sabemos o que é que eu fui. Fui só um interlúdio.
- O interlúdio também tem importância na canção...

22.7.08

8º Festival de Inverno de Paranapiacaba

2º Final de semana - 19 e 20/07

Mais um final de semana de Festival de Inverno de Paranapiacaba. Este prometia ser o mais animado devido às atrações e a previsão se confirmou. No sábado, 19, estava programado um show da cantora Marina de la Riva, mas infelizmente foi cancelado. O jeito foi ir com o pessoal pro Bar do Copo Sujo tomar algumas cervejas. O bar que virou nosso 'point' no FIP é uma garagem bem pequena, as mesas ficam na parte dianteira da casa, em um gramado.

O singelo apelido de 'bar do copo sujo' é devido ao delicioso odor dos copos de vidro. Segundo uma moça que trabalha lá, é porque o utensílio fica guardado por um ano, e só é utilizado na época da festa, por isso o agradável cheiro de mofo que não saía mesmo lavando o copo...

Graças à bendita credencial de imprensa não foi necessário pegar a quilométrica fila para retirar o ingresso para os shows. A apresentação do Lenine foi muito animada. Confesso que nunca fui muito fã do cara, mas ele tem sim músicas muito legais e no palco ele é muito carismático, mesmo falando pouquíssimo com a platéia. Tem um texto sobre o show no Território da Música.

No domingão, 20, logo ao chegar em Rio Grande da Serra - ou das Trevas, como dizem - havia uma fila imensa esperando o ônibus que vai até Paranapiacaba. Depois de muita espera, finalmente Paranapiacaba, de novo. Quase perco o início do show do Mawaca, que eu realmente estava muito a fim de ver já que seria a primeira vez. E a primeira a gente nunca esquece.
Também não vou dar detalhes do show aqui, mas vou dizer que foi um dos melhores shows que eu já vi na vida e olha que eu já vi muitos, muitos. As seis vocalistas têm algo de mágico que encantam a platéia, e não é necessariamente algo físico, como alguém pode pensar.

As cores das roupas, das luzes, as danças, os instrumentos... tudo cria uma atmosfera incrível, além das músicas, claro. Esse eu recomendo que procurem, é demais. O texto tá aqui.

No mesmo dia o maranhense Zeca Baleiro encerrou a festa. Este foi o quarto show do Zeca que eu vi e todos foram demais. No palco Zeca é um pouco frio, fala pouco, mas as canções por sí animam e contagiam o público. Como sempre, o guitarrista Tuco Marcondes e o baixista Fernando Nunes são destaques. Se um dia o Zeca mudar a banda de apoio, com certeza vai ser difícil arrumar uma dupla como esses caras.

O show foi muito animado e com músicas de todos os discos. Durante "Lenha", Zeca contou que compôs essa música tentando criar algo parecido e inspirado em Walter Franco, mas o resultado final ficou mais pra Bruno & Marrone , tanto que a tal dupla regravou a música. Depois disso ele cantou alguns versos de "Serra do Luar", do citado compositor. Só essa parte já valeu o show, já que eu adoro o Walter Franco.

Pensando na muvuca de sábado, resolvemos ir embora logo após o show. De nada adiantou. A Vila não tem mais condições de suportara quantidade de gente que a cada ano comparece ao Festival. Só no primeiro final de semana foram mais de 29 mil pessoas.

Com isso, na hora de ir embora simplesmente tive que esperar o ônibus que vai direto até o centro de Santo André por três, TRÊS horas! Três horas na fila do ônibus!!!

A prefeitura precisa pensar em um modo de providenciar transporte suficiente para toda a multidão que vai até a Vila. O problema é que os ônibus que circulam até lá são intermunicipais.

No próximo final de semana tem Otto e a única coisa boa que o Otto tem é a esposa, a gostosíssima Alessandra Negrine. Como duvido que ela estará por lá, eu não vou. Pretendo ir até Ribeirão Pires, no Festival do Chocolate, ver Zé Ramalho! See ya!

16.7.08

Limpeza da Cidade

O corpo-a-corpo dos candidatos às prefeituras do Grande ABC já começou. É triste ver que a região que tem grande importância nas finanças do Estado há muito tempo vive em uma inércia política. Desde que me conheço por gente, Santo André não tem nenhum candidato ou político que valha a confiança. Melhor dizendo, teve um, mas ele foi assasinado em circustâncias ainda mal explicadas. Depois de Celso Daniel, mais ninguém.

Um dos candidatos da cidade é Raimundo Salles, do DEM. O candidato deu uma declaração esta semana de deixar os cabelos em pé. Ao ser perguntado o que ele pretende fazer com os usuário de drogas e moradores de rua que ficam nos arredores da Igreja do Carmo - uma das principais igrejas da cidade, bem no centro - Salles disse que pretende implantar atividades culturais permanentes na área. “Nada melhor do que ocupar a praça para diminuir este tipo de problema”, declarou o candidato.

"Esse tipo de problema" são pessoas que não tem onde morar e que precisam de assistência do poder público. Aí eu fico pensando o que o Senhor Salles quis dizer com "ocupar a praça para diminuir este tipo de problema"? Será que a solução da questão de pobreza, falta de moradia e instrução pode ser resolvida com atividades culturais? Que tipo de atividades?

Será que o Senhor Salles vai levar os moradores de rua do centro da cidade para um passeio? Talvez encher uma kombi e largá-los em outra cidade, assim como prefeituras do litoral fizeram?

Mas a declaração é facilmente entendida quando lembramos que o DEM é a nova encarnação do PFL... auto-explicativo.

15.7.08

8º Festival de Inverno de Paranapiacaba

1º Final de semana – 12 e 13/07

Começou no último final de semana a 8ª edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba. Entre as várias atrações que foram realizadas na Vila, as de maiores destaque foram as apresentações das cantoras Mariana Aydar, Isabella Taviani, dos cantores Seu Jorge e Wagner Tiso e do grupo Clube do Balanço.

A balada já começa na ida, com a galera toda no trem ou esperando o ônibus em Rio Grande da Serra. Parece excursão de escola. Ainda bem que tava um lindo solzão e céu claro, porque no frio lá é frio mesmo. Logo ao chegar na parte baixa da Vila um grupo tocava chorinhos. É uma viagem no tempo estar ali em Paranapiacaba e ouvir uns chorinhos ao vivo.

No sábado os shows foram da Mariana Aydar, que eu conhecia pouco, mas adorei. Ela tem uma voz linda, uma ótima performance no palco e por algum motivo me lembrou Janis Joplin, apesar de obviamente não ter nada a ver o estilo de uma com outra. Uma matéria sobre o show está publicada no Território da Música.

Depois ainda teve o show do Seu Jorge (tem matéria lá também). Nunca tinha visto o Seu Jorge ao vivo e achei legal. É um show muito animado, pra dançar mesmo. Quem estava mais pro fundo do local do show pode dançar, na frente era tudo apertado. Seu Jorge fala pouco mas agita muito, é quase um show Rock n’ Roll, se ela não tocasse samba...

Além dos shows principais tem as atrações menores pelas ruas da Vila. Uma delas, quase escondida, era uma dupla formada pelo colombiano Cecílio e a brasileira Tais. Eles tocam músicas folclóricas de países andinos, com flautas de bambu e outros apetrechos. Muito bonito mesmo, e não parecia aqueles grupos manjados de bolivianos-colombianos-venezuelanos.

Também rolou um show com uma banda de Classic Rock, o Erik Von Zipper, mas 'classic' mesmo, só velharia instrumental dos anos 60, ou em versões intrumentais. No repertório dos caras músicas de Johnny Rivers, Beach Boys, e o maravilhoso The Shadows.
Bom também foi descobrir um boteco que vendia uma porção muito bem-servida de calabresa com cebola! O ruim foi o cheiro do copo na hora da cerveja. Parecia que estava guardado numa caixa de madeira há uns cinco anos, com cheiro de mofo. Mas foi legal demais. Paranapiacaba sempre é legal demais.

Na volta sim foi como excursão. Apesar do frio – e tava frio pra cacete – a galera animada no ônibus cantava aqueles ‘hits de acampamento’: Raul Seixas e Legião Urbana. Puta merda, agüentar alguém tentando tocar violão no ônibus e cantando Legião é triste demais... a trilha sonora ainda rolou Mamonas Assassinas pra animar os mortos.

No próximo final de semana tem mais! Vai ter Lenine, Mawaca, Marina de la Riva e o melhor, Zeca Baleiro! Semana que vem comento aqui!

10.7.08

Do Coração Direito



Por isso não sabia amar. O coração era do lado direito.

Sexo


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Na vitrola Love is as Good as Soma - Tiamat

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Uma brincadeira pra animar, quem acertar o que são essas imagens, o que eu usei para fazê-las, ganha um CD coletânea, desses gravados em casa, sem capa nem nada. Ainda pode escolher o repertório, o acervo é razoável.

9.7.08

Mar Adentro

Segunda-feira eu e a Bel fomos mais uma vez ao SESI ver um dos filmes da série Histórias Reais. São filmes baseados em fatos reais exibidos gratuitamente todas as segundas pelo SESI até o dia 28/07. Nesta segunda passada, 07, assistimos "Mar Adentro", incrível filme do diretor Alejandro Amenábar, protagonizado pelo ator Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez / Amor em Tempos do Cólera).

O longa-metragem conta a história de Ramón Sampedro, um homem que passou 28 anos entrevado em uma cama. Quando jovem, Ramón foi dar um mergulho na praia e fraturou o pescoço, ficando tetraplégico. Ele luta na justiça pelo direito de morrer, já que segundo ele, a situação em que está não é digna, não é vida.
O filme deixa claro que aquela é a posição do personagem, que até respeita quem segue a vida em situação semelhante, mas isso não serve para ele. Bem-humorado, lúcido e inteligente, Ramón tem ajuda da advogada Julia, que sofre de uma doença degenerativa, para lutar na justiça pelo direito de morrer. Mas a justiça nega a ele a possibilidade de morrer amparado pela lei.
Com isso Ramón recebe a ajuda de alguns amigos para realizar seu plano, principalmente de Rosa, uma mulher sofrida que acaba se apaixonando por ele.

O filme é extremamente emotivo, e mesmo sabendo como esses climas são construidos nos filmes, não tem como não ser 'fisgado' pela emoção da história. A questão por traz do ótimo filme é até que ponto temos direito de escolher pela existência ou não em casos extremos como o de Ramón, que via sua vida passar através de uma janela.

O filme tem cenas e enquadramentos belíssimos, graças ao diretor de fotografia Javier Aguirresarobe.

8.7.08

50 Anos de Bosta Nova

Não, eu não errei o título. É bosta mesmo. Nos sites de música e cultura não se fala em outra coisa além das comemorações de 50 anos de criação da Bossa Nova. Isso encheu.

Eu escrevo em um site sobre música. Não sou músico, não sou teórico, não sou nada. Apenas sempre gostei muito de música e procuro entender e conhecer um pouco. Gosto de muitas coisas distintas - de Walter Franco a My Dying Bride, de Beto Guedes a H.I.M., de Ney Matogrosso a Manowar - mas tem coisas que não suporto mesmo. Isso é normal, claro, todo mundo tem suas preferências.

O que eu nunca suportei na Bossa Nova é essa cara burguesa-bucólica. Não que música deve ser sempre politizada ou 'consciente', seja lá o que isso for. Claro que a distância da Bossa em relação às músicas de protesto dos 60 e 70 pesa nessa minha preferência.

Além do mais, Bossa Nova é Jazz com uma tentativa de popularização. Que, aliás, falhou em tentar levar a música mais elaborada ao povo. Claro que teve a tentativa, como fez o músico Carlos Lyra, de unir a Bossa com o samba do morro, não deu.

E o chato João Gilberto? Como alguém paga pra ouvir aquele cara? O ingresso mais caro para um dos raros shows que ele vai fazer em agosto, no Rio de Janeiro, custa R$ 2.100! Isso já diz tudo. Tudo bem, é verdade que há ingressos de R$ 30,00, mas deve ser atrás de alguma pilastra.

Até o final do ano só vai dar isso nos sites de música: Bossa Nova e o novo piripaque de Amy Winehouse. Um saco!

PS: esqueci de colocar aqui que adoro as poesias do Vinicius de Moraes.

Sobre o assento reservado

Todo mundo que tem que pegar ônibus para se locomover sabe da tristeza que é a condução em qualquer cidade no horário de pico. Pela manhã, todos indo para o trabalho. À tarde, o povo voltando pra casa, ou indo para a escola. Já faz tempo que eu penso em escrever sobre isso aqui. Não sobre a dureza que é depender de transporte público. Isso não é novidade. O que mais me irrita, é algo que provavelmente vai fazer alguns dos meus seis leitores discordarem de mim.

Toda grande cidade tem leis municipais que garantem aos idosos acesso gratuito aos ônibus, assim como assentos reservados para os maiores de 60 anos. Acho isso muito importante, afinal, infelizmente, muitos idosos dependem apenas do transporte público. O problema é o seguinte: Por que todo velhinho quer andar de ônibus no horário de maior movimentação???

A porra do ônibus já funciona no limite de capacidade, já que o transporte público - em Santo André e na maioria das cidades brasileiras - não dá conta da quantidade de usuários, então por que, POR QUE, a velharada insiste em ir comprar pãozinho na hora do povo voltar do trabalho? Ou ir no bingo torrar a aposentadoria? Ou pega o ônibus, faz um sacrifício pra chegar até o fundo, pra descer dois pontos depois?

E vai você, com menos de 60 anos, sentar-se no banco reservado. Logo vem alguma vovózinha irritada e arrogante dizendo "dá licença que esse assento é meu". Percebam, "é meu". Acho que é necessário ter esses direitos reservados, mas não há paciência que agüente os vovôzinhos empacados no corredor do ônibus.

Não não, não me venha com aquele papo "um dia você também vai ficar velho". O problema não são os velhos, ou o assento, mas as atitudes.

3.7.08

Pane Geral! É o fim irmãos!!!

Bem-feito! Bem-feito, bem-feito, bem-feito pra você que usa speedy daquela empresa desgraçada. Ok, vou me conter e explicar.

O serviço de internet prestado pela Telefonica, o Speedy, ficou fora do ar ou com severas instabilidades durante toda essa quinta-feira, 03. O problema começou a ser sentido pelos usuário na tarde de quarta, 02, e piorou durante a madrugada. A empresa não tem previsão de quando o serviço será normalizado!

A Telefonica, pra quem esta lendo isso de outro lugar, é a empresa que mantem um monopólio disfarçado de concessão em todo o estado de São Paulo no serviço de telefonia fixa e internet. Orgãos do Governo Estadual, prefeituras, bancos e milhares de residência estão sem o serviço. Legal isso né?

Quem quiser é só procurar na internet que tem várias reportagens a respeito. Abaixo alguns links:

G1 - Globo
Folha de São Paulo

Óbvio que todo serviço tem seus problemas, mas é descarado o quanto a Telefonica abusa da concessão e a Anatel não se manifesta. Eu trabalhei por 10 anos nessa empresa, sei como funciona, pode ter certeza. E não pense que eu sai despedido e por isso tenho esse ódio todo. Eu sai porque pedi as contas e fui procurar algo na área em que eu estou estudando.

Lei do cão lá dentro e o usuário que se foda!

Ou então isso tudo não é culpa da empresa, mas sim um sinal do fim dos tempos. Pode ser isso irmão, pode ser que o tal Hercolubus, o planeta vermelho, esteja chegando para destruir a Terra.

27.6.08

Minha Vida Rock n' Roll - II


Olhando este quadro resolvi fazer um paralelo com a minha vida Rock n' Roll. Falta do que fazer, claro. Então vou enumerar ositens em relação aos quadrinhos.

1-Eu penteio o cabelo, mas realmente faz uns meses que parece que não passo um pente. É feio mesmo.
2-Nunca vomitei em cima de ninguém. Mas, em determinados momentos, a pressão sobe e uma veia vagabunda do nariz se rompe. Pois é, já aconteceu de eu estar 'ali, lá mesmo', e meu nariz começou a jorrar sangue. Sexo pra invejar vampiro.
3-Eu gosto de Caetano. Não acho ele tudo isso que a maioria acha, e hoje em dia ele é só um velho chato pra cacete, mas gosto do material dos 60/70.
4-Cerveja no café da manhã? Ué, o que tem de errado nisso, não entendi.
5-Elvis? Taí, eu não gosto de Elvis Presley. Não gosto, acho chato.
6-Roupa preta na praia? É, confesso que já fiz dessas.
7-Não fico na frente do espelho, tenho problemas com ele. E me visto mal porque não tenho grana pra comprar roupa.
8-Não, não durmo com óculos escuros.
9-Não tenho tatuagem.
10-Nunca tive muita espinha, nem fui nojento ao ponto de melecar a cara.
11-Hein? Namorada?
12-Guitarra no peito é coisa de tocador de viola caipira.
13-Hein? Namorada II?
14-Isso é nojeira. Eu troco minha escova de dentes a cada 5 anos, tô dentro do prazo.

23.6.08

Não sofra mais!


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Na vitrola The Dance of the Little Ones - Tuatha de Danann

22.6.08

Sado-Masô de 1ª

Depois de alguns meses de namoro ela resolveu propor algumas coisinhas diferentes para o namorado. Ainda com certa timidez, contou o que viu em alguns sites da internet, além de algumas dicas de amigas. Procurou em sex shops alguns apetrechos para usar nos momentos de intimidade do casal.

Tentou várias vezes entrar em uma dessas lojas, mas a vergonha fazia com que ela passasse reto e disfarçasse ao olhar para a vitrine. Depois de algumas tentativas, conseguiu entrar na loja e comprar o que queria.

Marinheira de primeira viagem, ela comprou alguns itens básicos. Óleo para massagem, venda para os olhos, um tipo de pulseira para prender os pulsos. A algema estava muito cara. Na noite combinada, foram os dois, eufóricos, para o motel.

A brincadeira começou. Ela estava com os punhos presos e os braços para trás. A escuridão se fez quando ele vedou seus olhos. O ligeiro incomodo com os braços a excitava. Assim como a impossibilidade de ver e de saber qual seria o próximo passo. Sentiu o outro corpo pesando sobre o seu.

Ele a olhava e ficava mais excitado por vê-la daquele jeito, dominada. A beijava enquanto penetrava em seu sexo. Percebeu que ela queria dizer algo, mas a excitação não o deixava parar. Quando finalmente parou de beijá-la, ouviu a frase que marcaria a noite:

- Sai de cima de mim que você tá quebrando meu braço, porra!

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Na vitrola Beatrix - Cocteau Twins

16.6.08

11.6.08

Sexto Elemento

Agora não são mais cinco visitantes, são seis, tem a Mariah também ;-)
Beijo pra você!

Le Vernissage

Hoje vou participar de uma vernissage, palavra francesa que na verdade significa envernizar algo, mas no caso é a inauguração de uma mostra fotográfica em Diadema, cidade que eu não gostava até três meses atrás. Agora gosto porque é lá que estou fazendo uns cursos muito bacanas e gratuitos! Mas então, a vernissage é das obras do pessoal desses cursos, com isso terá duas fotinhos minhas na exposição.

É simples, e até tosco, me arrisco a dizer sem querer desmerecer a situação, mas já é algo e tudo tem um começo. Depois coloco umas fotos da estréia da exposição aqui para vocês cinco que me visitam verem.

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Na vitrola Holocaust - Placebo

23.5.08

"Andando nas ruas do centro...

...cruzando o Viaduto do Chá, eis que me vejo cercado: trombadinhas querendo me assaltar!" (Joelho de Porco).

Nesta quinta-feira, 22, fomos atrás de uma imagem bacana para concorrer em um concurso de fotografia que tem como tema o centro de São Paulo. A foto que merece ser inscrita no concurso não apareceu, mas algumas outras surgiram.

Particularmente, gostei muito de ter conhecido a Igreja de Santa Ifigênia, aquela no início da rua de mesmo nome, ali perto da Galeria do Rock, que está sempre fechada. A igreja é muito bonita, escura, com aquele ar pesado com cheiro de incenso, vela e mofo. Mas o que me chamou mais a atenção foi o orgão que há na igreja. Segundo um senhor que toma conta do local nos horários que não há missa, o instrumento funciona e é utilizado nas cerimônias. Preciso assistir uma delas!

Outro 'achado' muito bacana foi a visita à Caixa Cultural, prédio da Caixa Econômica onde são realizadas exposições e outras atividades artísticas. Há quatro exposições fotográficas no local. A primeira, "Serra da Canastra", traz imagens de Adriano Gambarini realizadas na região de mesmo nome, no sul de Minas Gerais. Além de paisagens lindas, o fotográfo registrou imagens de festas da região e de personagens.

A outra exposição é "Paisagens", de Maurício Simonetti. São painéis com fotografias belíssimas que parecem aquarelas de tão suaves. Algumas fotos transmitem uma sensação de leveza incrível.

Uma terceira exposição traz fotos da década de 1930, quase todas do ano de 1934, de Pierre Verger. São fotos de japoneses em viagens marítimas e cenas do dia-a-dia do país naquela época. A quarta exposição tem ligação com esta, pois traz cenas do Japão na década de 1990. É curioso perceber a mudança nos hábitos e até mesmo nas fisionomias das pessoas nesses 60 anos que separam uma série de fotos da outra. Essa quarta exposição tem fotos de Bernard Descamps e Bertrand Desprez.

O melhor de tudo é que a visitação é gratuíta. Dêem uma olhada em www.caixacultural.com.br.

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Sempre que eu saio com a máquina, o que me chama atenção são as pessoas que de certo modo se fundem na paisagem de tal modo que passam despercebidas, como essas abaixo:




17.5.08

- Sabe o que eu mais sinto falta?
- Sei. É do meu beijo!
- Não. Eu adorei seus beijos, mas não é isso.
- Ah então são dos meus olhos? Você sempre falou dos meus olhos.
- Quase. Seus olhos são lindos, mas o que eu sinto falta é do seu olhar.

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Na vitrola As Rosas Não Falam - Cartola

15.5.08

The Show Must Go On

Quando uma pessoa próxima morre é normal e compreensível que a gente sinta pesar e tristeza, mas quando é alguém que não conhecemos, geralmente aquilo não nos abala. Nesta quarta-feira morreu uma pessoa que eu tive o prazer de conhecer, mas infelizmente não pude construir uma amizade.

Hoje, 14/05, morreu um dos maiores guitarristas que o Brasil já teve, Wander Taffo. Para quem não conhece, basta dizer que o músico já fez parte de bandas importantíssimas do cenário musical nacional como Made in Brazil, Secos & Molhados, Joelho de Porco, Gang 90 e Rádio Taxi. Além disso, Wander tocou em discos ou em turnê de Cássia Eller, Guilherme Arantes, Marina e vários outros artistas.

Conheci o Wander por causa do meu emprego, o Território da Música. O site é ligado à EM&T (Escola de Música e Tecnologia). A escola nasceu pequena e hoje é a maior escola de música da América Latina, com vários prêmios internacionais e com professores do nível de Kiko Müller (vocal do Golpe de Estado) e Edu Ardanuy (guitarrista do Dr. Sin).

Nas poucas vezes que tive contato com ele, Wander se mostrou extremamente humilde, não tinha a pose de ‘rock star’, apesar de ser realmente isso. Quem gosta e conhece um pouco de música sabe o tamanho do talento e da perda que essa fatalidade traz. Prematura aliás.

Quem ler isso pode achar que estou fazendo média ou forçando a situação, mas não tenho motivo pra isso. Wander era um cara cativante.

4.5.08

Domingo de Sol

Domingo. Feriado prolongado. Lindo céu azul, claro e límpido. Vento frio que eu adoro. Um lindo dia para ir ao parque, ou à praia! Quem sabe um passeio de bicicleta? Churrasco? Um jogo de futebol com os amigos (que eu odeio. O jogo, não os amigos.)!? Um sorvete?! Pois é, lindo dia para fazer isso e outras coisas, mas o que eu fiz nesse domingo lindo? Fui ao cemitério.

Não. Ninguém morreu, pelo menos ninguém que eu conheça, apesar que tinha velório lá. Mas eu e a Bel fomos praticar uma de nossas atividades preferidas no velho e belo cemitério do Araçá, em São Paulo.

Há peças realmente muito bonitas por lá. Anjos, mausoléus, gatos, muitos gatos abandonados que dormem nos túmulos, e alguns góticos-emos homos. Abaixo uma das fotos do local. Em breve as fotos estarão no meu site e as da Bel também estarão na internet, no site dela, claro.

1.5.08

"Perdão...


...pelo coração que eu desenhei em você com o nome do meu amor".

As Árvores - Arnaldo Antunes e Jorge Ben Jor