6.7.12

Das Paixões

Mais de dois anos sem publicar nada no Sanctuarium, eis me de volta para falar para ninguém. Ou, quem sabe, para você que lê. O texto abaixo foi publicado na edição nº 2640 do jornal Diário Regional, nesta quinta-feira, 05/07/2012.

Das Paixões

O ser humano é movido por paixões. Elas se manifestam em diferentes graus nas pessoas, variando de acordo com uma infinidade de fatores que, para explicá-los, presisaríamos de um antropólogo e um psicólogo, no mínimo. Leigo que sou, fico apenas nos meus pensamentos pessoais, olhando abismado e sem entender.

Eu também as tenho. Elas, as paixões. Sei bem como elas se manifestam, mas elas não me dominam. Claro, também tenho meus momentos de êxtase e catarse quando desfruto do prazer que elas proporcionam. Até aí, tudo bem, cada um na sua.

Mas o que me intriga – e incomoda mesmo – é ver como algumas pessoas deixam essas paixões dominarem suas existências. Enquanto batem no peito e gritam palavras repetidas à exaustão, 14 milhões de pessoas no Brasil continuam analfabetas, segundo dados do censo 2010 do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apenas 55,4% dos 57,3 milhões de domicílios são ligados à rede de esgoto, segundo o mesmo IBGE.

Tudo bem, com tantos problemas e dificuldades na vida, é saudável ter algo a que se apegar, um motivo para se alegrar, um estímulo, uma paixão. O triste é ver que isso é a coisa mais importante da vida de muitas pessoas.

Educação, trabalho, eleições? Ah, isso é tudo muito chato! Que abram-se as cortinas! Ou que soltem os leões!

15.4.10

I heard the news today, oh boy...

@edugfoto (twitter)

www.visoesdavila.blogspot.com

8.10.09

L´important C´est La Rose


"Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura"

- Grito - Amália Rodrigues

Mais? - www.flickr.com/photos/eduguimaraes

10.4.09

I Love it LOUD!!!

Lembro que eu tinha quatro anos quando o Kiss veio pela primeira vez ao Brasil. Era junho de 1983 e ali se encerrava o mistério dos quatro mascarados. Depois daquele show eles só voltaram a usar as pinturas no final dos anos 90.
Provavelmente aquela seja minha primeira 'memória musical', ainda que não tenha me marcado pela música em si, mas pelo visual. Um tio, irmão da minha mãe, ia ao show. O que eu me recordo é que o vídeo de "I Love it Loud" passava repetidas vezes na TV, em algum programa jurássico.

Não sei se era o ingresso para o show ou um panfleto promocional, mas me recordo de ver aquele pedaço de papel na casa da minha avó. De um lado ele tinha o fundo branco, com escritas em azul claro. Do outro a foto dos quatro integrantes da banda, com uma luz avermelhada. Era uma imagem que intrigava um garoto de quatro anos.

O tempo passou é só alguns anos mais tarde tomei consciência do que realmente era aquilo. Nas voltas do mundo vi o Kiss pela primeira vez em 1994. Depois novamente em abril de 1999, na turnê que marcou o retorno da formação original e das pinturas nos rostos. Memorável.

Dez anos mais tarde eu tive o prazer de mais uma vez vê-los no palco. Sobre o show em si você pode ler na matéria que escrevi para o TDM. O Kiss nunca foi uma de minhas bandas preferidas mas foram poucos os shows que eu fui nesses quase 20 anos de rock n' roll que eu gostei tanto. Mais até que o show do Iron Maiden, no mês passado.
Não é simplesmente uma banda tocando, é um espetáculo se luzes e explosões. Previsível e ainda assim incrível e fascinante. Infelizmente não pude tirar fotos desse show. Não oficialmente, mas tirei algumas com uma compacta, pelo menos pra recordação.

Se você gosta de rock e não foi, perdeu um evento único.

4.4.09

Quinta Psicodélica

Nem sei dizer quando foi a última vez que fui pra uma balada de quinta-feira (ah Madame Satã, ah Nias!), mas nessa quinta passada eu, Bel e a Alessandra fomos ao Café Piu Piu, ver o Violeta de Outono fazer um tributo às clássicas músicas do Pink Floyd da época do Syd Barrett.

Isso que foi uma noite clássica: um bar com mais de 25 anos, uma banda com a mesma idade tocando composições do maior banda de Progressivo do mundo (ohhhhh). Qualquer apresentação do Violeta é marcante. Esta foi a terceira vez que eu os vi ao vivo, e é sempre muito gratificante. Pena que a banda não tem o sucesso comercial que merece, apesar de ser muito respeitada e querida por fãs de progressivo nacional e pelo povo que curte as bandas nacionais dos anos 80. E não tô falando de merdas como Legião.

Piu Piu vazio, noite gradável. No palco o Violeta tocando versões exatamente iguais aos discos da primeira fase do PF. Músicas como "Interstellar Overdrive", "See Emily Play", "Green is the Color", "Arnold Layne", "Saucerful of Secrets", "Astronomy Domine" e outras, estavam no roteiro.

Particularmente prefiro a fase imediatamente pós-Barrett. É o período mais psicodélico do PF. Infelizmente eles não tocaram "Echoes". Provavelmente a música do PF que mais gosto. Pra terminar ainda tocaram duas músicas do repertório do Violeta: "Declinio de Maio" e outra do disco novo que não sei qual é.

O vazio do bar acabou ajudando um pouco na apresentação. Esse é o tipo de música para se curtir com atenção, ouvindo os detalhes. Em um local com um monte de gente conversando isso não funciona.
Quem quiser curtir a viagem de um show do Violeta é só ir ao Centro Cultural São Paulo no próximo dia 11/04. Tem apresentação por lá, apenas R$ 10,00. Te vejo lá.

Na vitrola No Good Trying - Syd Barrett

21.3.09

Paciência e Esperança

Diz o ditado que a esperança é a última que morre. Mas não sei o que morre primeiro, se é a esperança ou a paciência. De certo modo me parece que elas andam juntas, ou não?

Seja qual for a primeira vítima, é fato que com 30 anos, vendendo o café da manhã pra ter o da tarde (almoço, quê?), sendo estagiário, sem perspectiva profissional, competindo com pessoas de 20 anos que moraram seis meses no Canadá/Irlanda/Austrália, com preparo e Q.I. (não to falando de inteligência/também to falando de inteligência) melhores que o seu, não há paciência ou esperança que dure. Só sobra a letargia de arrastar o cotidiano cinzento.

E nem a grana da cerveja me sobra pra dar uma alegrada.

Na vitrola Sketons of Society - Slayer (só pra animar)

16.3.09

A serviço da população... ou não

Obra pública na Avenida Alfredo Fláquer / Perimetral, centro de Santo André/SP. 12/03/2009. A obra realizada pela prefeitura causa transtorno em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, atrapalhando as pessoas que precisam utilizar transporte coletivo.

Iron Maiden em São Paulo - 15/03/2009

O Iron Maiden está novamente no Brasil para a última parte da turnê "Somewhere Back in Time". Fiz a cobertura do show em São Paulo para o Território da Música. O atalho leva ao texto. Entre lá e saiba um pouco como foi o show. Te digo: foi louco!

2.3.09

It's Heaven... and Hell

Sim, eu ainda estou vivo. Sim, eu andei sumido daqui. Sim, estou sem paciência e tempo pra publicar qualquer coisa aqui. Sim, feliz natal, ano novo, carnaval e páscoa pra você também. Mas só vim aqui mostrar pros cinco seguidores do Sanctuarium uma coisa:


Na vitrola The Devil Cried - Black Sabbath

8.12.08

Silent Disco

Balada é sinônimo de som alto, certo? Errado. Neste sábado, 06, fui em uma 'Silent Disco', uma balada sem som. Ou melhor, claro que tinha som, música, DJ e luzes, mas o diferencial é que só ouvia a música quem estivesse usando um par de fones.

A tal badala foi em pleno Parque Trianon, na Av. Paulista. Como parte dos eventos natalinos, a prefeitura paulistana contratou o DJ holandês Nico Okkerse, especialista nesse tipo de festa. Já existem casas noturnas e festas do tipo, mas assim, em pleno ponto turístico, à noite, com entrada franca, foi a primeira vez que ouvi a respeito.

A Silent Disco do DJ Nico Okkerse estará 'funcionando' nos próximos dois finais de semana. Se tiver oportunidade, vá até a Paulista, veja a bela decoração e ainda entre na balada. É aberto à todos, sem restrição de idade. É uma experiência inusitada e muito bacana. Acho que estarei por lá também.

3.12.08

Novo! Novo!

Alô amiguinhos! É o seguinte:

Agora meu Flickr é pró, o que significa que eu tenho muito mais espaço nesse mundo virtual para mostrar minhas fotos, meu trabalho, minha técnica, meu talento, meu domínio da arte e minha modéstia, há, :-D. Ah, não posso deixar de dizer que foi presente de aniversário da Belzz ;-* Aproveita e vê o Flickr dela também.

Então aproveite o ócio e passa lá: www.flickr.com/photos/eduguimaraes.

***
Na vitrola Runaway Boys - Brian Setzer and the Nashvillains

30.11.08

Aquela noite

Aquela noite prometia. Prometia ser um martírio. Ter que agüentar aquelas pessoas que ela não conhecia, naquele lugar que ela não curtia, com aquelas músicas que não eram de sua época. Tudo aquilo era indício de uma noite maçante. Pior que isso era o fato de ir para aquela festa se sentindo obrigada. “Maldita hora que eu prometi ir”, pensou enquanto se olhava no espelho, após o banho, com os ombros à mostra.

O que mais a irritava nessa história era pensar que naquela mesma noite poderia estar em outros braços. Os mesmos que na noite anterior circularam sua cintura. Mas hoje a boca que ela beijaria era outra.

No horário marcado o encontrou e foram para a festa. No caminho, ao olhar pela janela do carro, seu pensamento viajava e a transportava para a mesma sala e o mesmo sofá da noite anterior. Sentia-se feliz por ainda trazer aquele gosto na boca. Quase podia sentir as mãos em sua cintura.

Mas hoje as mãos e a boca em seu corpo eram de outro. E cada vez que ele se aproximava e a beijava, ela podia fechar os olhos e imaginar outro em seu lugar. Foi assim que ela suportou aquela noite.

***
Na vitrola Prece ao Vento - Quinteto Violado

26.11.08

A Primeira a Gente Nunca Esquece

Olá, tudo bem? Sim, eu ainda estou vivo, apesar da faculdade. É ela que tem me mantido longe do Sanctuarium.

Nesta terça-feira, 25, eu participei da minha primeira coletiva de imprensa. Foi no Auditório da Escola de Música e Tecnologia e os entrevistados foram Junior Lima, Champignon, Peu Sousa e Perí, integrantes da banda Nove Mil Anjos. Figurinhas conhecidas do cenário Pop Rock nacional, os caras estão lançando o primeiro álbum da nova banda, auto-intitulado. Não vou me alongar por aqui. A
matéria sobre a coletiva está disponível no Território da Música. Não esqueça de conferir as fotos, claro. Só tenho que comentar como existe jornalista cretino por aí. Por isso que os profissionais da área são tidos como da pior espécie. Só não são piores que os advogados. Tinha um jornalista na coletiva que só falou merda. O cara estava lá enviado por um programinha desses de fofoca para tiazinha que não tem o que fazer. Um programa da Rede TV! Por aí já dá pra saber o nível.

Mas então, o cara só fez perguntas cretinas, nada a ver. Pra começar ele parecia um pavão, falando alto e não respeitando quando outro jornalista estava com o microfone para fazer as perguntas. Logo de cara - ele foi o primeiro a perguntar - e já chegou com essa: "Tenho várias perguntas sobre a banda e sobre a celebridade da banda, que é você, Junior"...

Em outro momento o excelentíssimo jornalista/cinegrafista perguntou sobre os paparazzi e o segmento da imprensa que vive de fofoquinhas. O segmento que ele faz parte. Os caras da banda foram categóricos em dizer o que pensam, obviamente nenhum disse que é super legal aparecer nos programinhas e revistas de fofocas. Será que o cara entendeu o recado?

É o tipo de coisa que dá vergonha alheia.

3.11.08

Solitude ou Solidão

(Parque do Ibirapuera, 01/11/2008)

O que é solitude, o que é solidão?
Cada um sabe da sua.

14.10.08

Zuado pra cara**o

Você percebe que tá zuado pra caralho quando se acha parecido com alguém que você sabe que é zuado pra caralho. Entendeu? Olha aí, eu e o Timo Tolkki:

putz...

13.10.08

Helvetia Music Festival

Olá, tudo bem?!

Neste último final de semana fui cobrir um dos grandes eventos de música eletrônica do país, o Helvetia Music Festival. Esta foi a terceira edição do HMF e foi realizada em Indaiatuba, interior de SP. Resumindo: louco e cansativo!

Eu fui como fotógrafo 'freela' pro site !ObaOba. Nós encontramos na redação do site às 10h30 do sábado, dia 11, e saímos rumo à balada por volta do meio-dia. Eramos em seis fotografos na van, inclusive a professora Dona Isabel. O pessoal foi muito bacana e foi bem legal essa 'maratona' fotográfica.

A balada em si é loucura total! Três tendas e um palco principal com muitas luzes e som alto. Tá certo que era tudo eletrônico e seus derivados, e a única coisa de eletrônico que eu conheço são algumas bandas de Trip Hop (Portishead, Massive Attack, Kosheen, Hooverphonic, etc) e, claro, os clássicos dos anos 80. Não rolou nada disso.

Como não manjo nada do som, deixemos isso pra lá. Só sei que foi bem legal as apresentações do Fischerspooner (foto abaixo) e do Funkerman! Como fotógrafo, tinha muita paisagem pra tirar foto... paisagem humana, digamos assim. Todo mundo bombadinho, os caras fortões, as meninas gostozonas... coisa de quem não tem o que fazer e deve passar quatro horas diariamente na academia (ôôô inveja). E as luzes do palco principal são incríveis, além das projeções de imagens no telão e monitores.

Agüentar a noitada foi phoda! Eu e os outros fotógrafos ficamos cerca de 27 horas acordados, sendo umas 16 horas direto no evento. foi bacana para conhecer como isso funciona, mas de graça, essa foi a última vez. As fotos - minha e dos outros fotógrafos - estão sendo publicadas aos poucos no canal oficial do Helvetia no site do !ObaOba.


10.10.08

The Cult

Sem tempo, sem tempo, sem tempo pra escrever qualquer coisa aqui. Mas se você curte - ou se nunca ouviu falar - The Cult, leia lá a resenha do show que eu cobri na última quarta-feira, 08. Resenha e galeria de fotos no Território da Música.
- Na vitrola "A Dama de Ouro" - Zéu Britto -

21.9.08

Isso é seu!

... e meu também.
Isso é o resultado de tudo que você joga no lixo. Foto tirada no aterro sanitário de Santo André. O local é uma montanha enorme feita de lixo. Essa é uma pequena parte que está sendo usada, o local é imenso e literalmente é uma montanha recheada de lixo. Após os montes chegarem a determinada altura, eles são cobertos por terra.

Para a montanha não explodir são colocadas essas peças de concreto utilizadas para canalização de córregos. Elas funcionam como respiros para a saída do gás gerado pela decomposição do lixo. Abaixo é possível ver a área total.

16.9.08

Pensa num bicho esperto!

Clica aqui pra ver o cachorro mais esperto do mundo, treinado pelo Magáiver e pelo Chuqui Nóris. Vai com fé!

13.9.08

Cada um pra sua sardinha

Não, não. Ainda não tenho o tal diploma. Mas afinal minha parte eu quero em dinheiro.

11.9.08

"Ô moça, quanto custa?"

Era uma vez, nos idos de 1991 ou algo que o valha... quando eu ainda era um garoto magro e comecei a deixar o cabelo crescer, eu arrumei muita briga por aí. Não briga de sair na porrada mesmo, mas alguns bate-bocas na fila do açougue, da padaria, do mercado e em outros estabelecimentos. Tudo porque sempre tinha algum féla que achava que eu era uma menina. Só porque eu tinha 11 ou 12 anos e meu cabelo já estava grande.

Lembrei desses momentos deprimentes da minha puberdade/adolescência porque ontem estava eu no mercado quando uma senhora chegou do meu lado e perguntou "moça, quanto custa essa lingüiça?", me mostrando uma bandeija com duas calabresas defumadas.

Primeiro eu ignorei a velhinha e contei até 10 antes de mandá-la à merda. Mas não satisfeita em ter sido ignorada ela disse novamente "ô moça, vê pra mim quanto custa". Ao meu lado um funcionário do mercado fingia que não estava percebendo o caso. Respondi pra senhorinha: "três e oito", caprichando no grave, pra ver se ela se tocava.

- Quanto? três e onze?
- T R Ê S e O I T O, retruquei quase soletrando.
- Ah, é três e onze - ela falou se dirigindo para uma amiga que devia ter a mesma idade.

O funcionário do mercado olhou pra mim e só disse "é, é difícil". "O mais lindo foi o 'ô moça'", ainda comentei com o cara.

7.9.08

Scorpions

Credicard HELL lotado para mais uma apresentação do Scorpions em São Paulo. Legal perceber no público uma mistura de molecada e tiozinhos. Tinha lá senhoras e senhores já há muito com os cabelos brancos - alguns sem cabelo, é verdade.

O show foi muito animado, os caras ainda se portam no palco como há 20 anos.

Principalmente o guitarrista Rudolf Schenker que agita o tempo todo, faz caretas pros fotógrafos, cheio de poses e muito simpático. Klaus Meine estava menos falante nesse show do que o último que eu vi, no ano passado, mas ainda assim agradece sempre ao público e também se mostra simpático, sempre sorrindo.

Como prometido, o show começou elétrico e teve uma parte acústica. A banda contou com alguns convidados no palco, inclusive o guitarrista Andreas Kisser. Os outros eu nem sei quem são. Kisser tocou com a banda a ótima instrumental "Coast to Coast" e logo em seguida começou a parte acústica do show.
Logo de cara "Always Somewhere", a baladinha deles que eu mais gosto. Também tocaram "Holiday", Rhythm of Love" e "Dust in the Wind", original do Kansas. As músicas acústicas não tiveram a mesma produção das versões do DVD "Acoustica", mas ainda assim foi bem legal ouvir versões diferentes das originais.

A galeria de fotos do show está lá no Território da Música.

6.9.08

Eu gosto de Música

Eu gosto de Música. Não sei se eu já disse isso aqui, nem sei se alguém percebeu, mas eu gosto de Música. Música com 'M' maiúsculo. Provavelmente a minha maior frustração é não entender nada de Música e principalmente não tocar nada. Mas eu gosto mesmo assim. Isso de certa forma me serve de consolo. E por isso mesmo eu tento conhecer muitas coisas. Claro, tem coisas que não gosto mesmo e até tento ouvir, mas não me causam nada. Em compensação, tem coisas que me fazem viajar.

Em poucos minutos estarei à caminho do show do Scorpions. Esta será a quarta vez que eu vejo os alemães por aqui e a segunda que eu vou trabalhando. O primeiro show internacional que eu fui, em 1994, foi justamente do Scorpions, no extinto Olympia.

Mas voltando. Eu gosto de Música. Quando as pessoas perguntam se alguma Música marcou ou algo do tipo, é difícil dizer. Tem sim algumas que marcaram alguns lugares, épocas e pessoas. Todo mundo tem. Se não tem deveria ter. Mas eu não saberia montar uma 'trilha sonora da minha vida' - bonito isso. Mas eu gosto de Música. Gosto e dou aquelas viajadas quando ouço algumas em especial.

"Pseudo Silk Kimono" do Marillion, por exemplo, é um puta som que eu literalmente viajo! E nem preciso ter usado / tomado nenhum alterador de consciência - modo bonito de dizer cerveja, pinga ou maconha. Voltando ao Scorpions, a clássica e manjada "Still Loving You" é outra pra viajar. Não por ser baladinha e tals, mas aquele solinho do final... putz... não tem como não fazer aquela cena ridícula de 'air guitar' ouvindo aquele finalzinho.

Eu ainda não consigo com minhas fotos passar o que eu sinto nos shows, mas é esse meu objetivo. Ainda sou ruizinho, o equipamento não é lá grande coisa, mas um dia eu consigo. Bom, esse texto não diz nada, mas eu vou indo pro Scorpions. Depois conto como foi o show. Talvez pra ninguém, talvez pra um, dois, seis.

Na vitrola Kayleigh - Marillion

4.9.08

Bola Dividida - Zeca Baleiro

"Será que essa gente percebeu,
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída,
só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele, vai fazer comigo

E vai fazer comigo exatamente igual
ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal

Será que essa gente percebeu
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola à ele e ele nem ligou"

- composição Luiz Ayrão - interpretação Zeca Baleiro -

Essa é uma das músicas do novo disco do Zeca Baleiro. O disco foi batizado como "O Coração do Homem-Bomba Vol. 1" e é muito bom, diria que um dos dois melhores da carreira dele. Essa música é do famoso sambista Luiz Ayrão e a letra é muito engraçada.

Aliás, eu sempre fui partidário desse lema, nunca entro em bola dividida. Logo mais tem a resenha do disco aqui!

3.9.08

É MetoDisney!!!

Nesta terça-feria, 02, o Salão Nobre da Universidade Metodista - onde eu estudo - recebeu o candidato a prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), em um ato de apresentação da candidatura. Estiveram presentes no evento a ministra Dilma Roussef, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, além de muitos militantes do PT e outros partidos e entidades civis.

Infelizmente não pude assistir ao evento, já que estava fazendo uma prova, mas consegui assistir uma parte. Nada de novo, já que se tratava da apresentação do programa de governo de Luiz Marinho. A ministra Dilma aproveitou a oportunidade para falar novamente sobre o petróleo descoberto na camada de pré-sal. Nada de novo, mais uma vez.

Mas o que foi interessante foi a briga que aconteceu no local. Alguns alunos do curso de Filosofia entraram no auditório e solicitaram participar do evento indagando a ministra. Eles foram simplesmente escurraçados na base da porrada.

Alguns militantes do PT desceram a porrada nos playboyzinhos metidos a intelectuais que foram lá reclamar sabe-se lá do que. Logo que entraram no auditório um deles gritou "Mercadante, você é ladrão!", durante o discurso do senador Mercadante. Logo foi agarrado por um segurança do PT. A bagunça continuou no jardim em frente ao prédio.

A notícia que corre é que a pessoa que organizou a manifestação é partidária de outro candidato e militante política.

Detalhes aqui ó:
G1 / JB / Folha


E tinha gente por lá que eu adoraria ver apanhando.

1.9.08

Zé Ramalho - Zé Ramalho da Paraíba

As pessoas que não conhecem a discografia e trajetória de Zé Ramalho e só tem como referência parcerias de qualidade duvidosa com duplas de música sertaneja / romântica, podem se espantar ao ouvir este disco. “Zé Ramalho da Paraíba” é como um pergaminho que encontrado hoje explica antigos mistérios.

Para aqueles que conhecem a carreira do cantor, a postura Rock n’ Roll que ele demonstra no palco e nas letras é facilmente percebida e entendida. Este novo álbum mostra a gênese de tudo isso. “Zé Ramalho da Paraíba” traz gravações de shows realizados na Paraíba entre 1973 e 1976, antes do cantor se tornar um dos grandes nomes da MPB.

É um disco de Rock n’ Roll, Blues e música nordestina em perfeita harmonia. É verdade que nessa fase o Rock n’ Roll falava mais alto, mas é um Rock ‘bicho-grilo’ que permeava o trabalho de muitos artistas nessa época. Aos desavisados pode até parecer inusitado encontrar coisas que lembram Led Zeppelin - em “Jacarepaguá Blues” - e Pink Floyd - em “Luciela”, que lembra “Echoes”. E a capa, não lembra o "Vol. 4" do Black Sabbath?

O álbum é duplo e traz 23 músicas, incluindo “Admirável Gado Novo”. Está é uma faixa bônus gravada em 1977 no Rio de Janeiro. Algumas músicas que se tornariam grandes sucessos da carreira de Zé Ramalho estão neste álbum em versões embrionárias, como “Jardim das Acácias”, “Jacarepaguá Blues” e “Taxi Lunar”, que abre o disco.

Outras são praticamente desconhecidas, como a bela “Luciela”, “Puxa Puxa”, “Terremotos” e “Falidos Transatlânticos”, regravada e lançada só em 1998. Desde sempre o misticismo é tema presente nas composições de Zé Ramalho. Nesta compilação de raridades esse lado místico, influenciado por experiências alucinógenas, se faz presente em várias faixas.

O álbum traz também duas faixas com discursos de um irado Zé Ramalho praguejando contra a crítica, comentando sobre o show e até cortando o cabelo no palco. Antes de "Avohai" Zé conta que seu avô faleceu três dias antes daquele show e emocionado explica sobre o significado da música.

As gravações originais contidas neste álbum foram registradas em fitas cassete durante os anos 70 e por isso, obviamente, a qualidade do áudio não é muito boa. Ainda assim consegue passar o sentimento e o clima do show, trazendo para o público essas raridades.

“Zé Ramalho da Paraíba” é o primeiro lançamento do selo Discobertas, do produtor e pesquisador musical Marcelo Froés. Pode-se dizer que começou com o pé direito. A raridade do material e a oportunidade dessa viagem ao início da carreira de Zé Ramalho compensam a qualidade precária do áudio. Essencial para os fãs e uma boa pedida para os curiosos.

- publicado originalmente no Território da Música -

27.8.08

Revelações Religiosas


Parece que os pastores de Portugal são bem melhores que os nossos. Por aqui nunca ouvi falar que uma mulher sem útero teve dois filhos. Nem que um travesti se tornou ex-travesti. Pensando bem ele pode ter deixado de ser travesti... E o cara ainda se cuidou da Sida? Sabem o que é Sida né? Nós somos um povo tão burro que até doença queremos chamar pelo nome em inglês.

Ontem conversando com a Dee ela me passou um vídeo revelador. Nesse momento religioso vou colocar só o link aqui. Aconselho vocês a verem. Principalmente as meninas que tiveram infância nos anos 80. Amém, salve aleluia e não esquecam...

"O Diabo é o pai do Rock!"

26.8.08

Tarja Turunen

No último sábado, 23, fui cobrir o show da Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish. Confesso que nunca fui fã da banda, mas até gosto de algumas músicas. O disco solo da Tarja eu gostei, até fiz uma resenha pro Território, mas confesso que fui pro show sem esperar grande coisa. Me surpreendi.

Tarja é bonita, mas é uma beleza um tanto quanto exótica. Ela tem uns traços estranhos, mas é uma mulher bonita. O Credicard Hall estava vazio e isso não esperava, já que a cantora e sua ex-banda tem uma grande quantidade de fãs por aqui, mas parece que a molecada não arrumou carona pra ir ao show.

Tarja é muito simpática. Em vários momentos ela se dirige ao público e falando em português! Durante o show ela também troca de figurino umas quatro vezes - não é só a Britney Spears e a Madonna, viu. Ela realmente canta muito e a banda que está com ela no Brasil é ótima, principalmente pelo baterista Mike Terrana, ex-Rage, e pelo baixista Doug Wimbish, ex-Living Colour.

Um dos melhores momentos foi na execução de "Phantom of the Opera", que ela cantou junto com o vocalista Edu Falaschi, do Angra / Almah. Ele cantando foi meio triste, mas a música é demais. Antes de começar ela comentou que iria apresentar a música que a estimulou a cantar.

O xará Eduardo Kaneco fez a resenha do show, tá la no TDM. As fotos são minhas :-D



10.8.08

Ney Matogrosso

Como comentei anteriormente, eu fui no show do Ney Matogrosso. Show não, espetáculo é a palavra mais correta. O cara é demais! Com 67 anos de idade e cheio de energia. Como escrevi sobre o show pro Território da Música, não vou me alongar por aqui. Mas se você gosta, vai ler que o show foi mesmo muito bom.

O momento que mais me agradou foi logo na segunda música, quando ele cantou "Mal Necessário". Pena que nesta turnê ele não está cantando nenhuma do Secos & Molhados e nem "Poema", mas valeu!

Algo que fiquei tentando imaginar é como as pessoas encaravam tudo isso que Ney é no palco em 1974, com o estouro do Secos & Molhados, em pleno regime militar, em um país conservador e católico.

Aí lembrei que uma vez li uma definição de como era isso. No encarte do CD com os dois primeiros álbuns do S&M tem a seguinte descrição de Luiz Carlos Maciel:

"Se, naquele tempo, uma nave-mãe tivesse pousado, por exemplo, na praça dos Três Poderes, em Brasília, e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento que pudessem rivalizar com os provocados pelas primeiras apresentações ao vivo de m novo grupo de música popular brasileira chamado Secos & Molhados".

O Secos & Molhados é história, mas Ney continua causando o mesmo impacto.

***

Na vitrola Novamente - Ney Matogroso

7.8.08

Mal Necessário

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou as mesas e as cadeiras desse cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo

Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.

Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata

Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.

- composição: Mauro Kwitko - interpretação: Ney Matogrosso -

Fala se isso aí não é demais?!
Confesso, sempre gostei do Ney Matogrosso, por mais bizarro que ele pareça. Amanhã vou no show dele, depois conto como foi. Claro que teremos fotos, muitas fotos!

6.8.08

As fotos misteriosas

Bom, bom, como nosso Concurso Cultural não foi um sucesso e poucas pessoas tentaram acertar do que se tratava as fotos, vou revelar o grande segredo. Primeiro, obrigado à vocês meninas que deram seus palpites: Bel, Mila, Jade, Cindy, Thaína, e Liz. Pra descobrir é só seguir as fotos:


Sim, é isso. Uma garrafa de plástico com um pouco de Coca-Cola . O reflexo do líquido macabro e as formas do fundo do vasilhame fizeram aquelas formas quando colocadas direto contra a luz do sol.

Fácil né?