23.5.08

"Andando nas ruas do centro...

...cruzando o Viaduto do Chá, eis que me vejo cercado: trombadinhas querendo me assaltar!" (Joelho de Porco).

Nesta quinta-feira, 22, fomos atrás de uma imagem bacana para concorrer em um concurso de fotografia que tem como tema o centro de São Paulo. A foto que merece ser inscrita no concurso não apareceu, mas algumas outras surgiram.

Particularmente, gostei muito de ter conhecido a Igreja de Santa Ifigênia, aquela no início da rua de mesmo nome, ali perto da Galeria do Rock, que está sempre fechada. A igreja é muito bonita, escura, com aquele ar pesado com cheiro de incenso, vela e mofo. Mas o que me chamou mais a atenção foi o orgão que há na igreja. Segundo um senhor que toma conta do local nos horários que não há missa, o instrumento funciona e é utilizado nas cerimônias. Preciso assistir uma delas!

Outro 'achado' muito bacana foi a visita à Caixa Cultural, prédio da Caixa Econômica onde são realizadas exposições e outras atividades artísticas. Há quatro exposições fotográficas no local. A primeira, "Serra da Canastra", traz imagens de Adriano Gambarini realizadas na região de mesmo nome, no sul de Minas Gerais. Além de paisagens lindas, o fotográfo registrou imagens de festas da região e de personagens.

A outra exposição é "Paisagens", de Maurício Simonetti. São painéis com fotografias belíssimas que parecem aquarelas de tão suaves. Algumas fotos transmitem uma sensação de leveza incrível.

Uma terceira exposição traz fotos da década de 1930, quase todas do ano de 1934, de Pierre Verger. São fotos de japoneses em viagens marítimas e cenas do dia-a-dia do país naquela época. A quarta exposição tem ligação com esta, pois traz cenas do Japão na década de 1990. É curioso perceber a mudança nos hábitos e até mesmo nas fisionomias das pessoas nesses 60 anos que separam uma série de fotos da outra. Essa quarta exposição tem fotos de Bernard Descamps e Bertrand Desprez.

O melhor de tudo é que a visitação é gratuíta. Dêem uma olhada em www.caixacultural.com.br.

*
Sempre que eu saio com a máquina, o que me chama atenção são as pessoas que de certo modo se fundem na paisagem de tal modo que passam despercebidas, como essas abaixo:




17.5.08

- Sabe o que eu mais sinto falta?
- Sei. É do meu beijo!
- Não. Eu adorei seus beijos, mas não é isso.
- Ah então são dos meus olhos? Você sempre falou dos meus olhos.
- Quase. Seus olhos são lindos, mas o que eu sinto falta é do seu olhar.

***
Na vitrola As Rosas Não Falam - Cartola

15.5.08

The Show Must Go On

Quando uma pessoa próxima morre é normal e compreensível que a gente sinta pesar e tristeza, mas quando é alguém que não conhecemos, geralmente aquilo não nos abala. Nesta quarta-feira morreu uma pessoa que eu tive o prazer de conhecer, mas infelizmente não pude construir uma amizade.

Hoje, 14/05, morreu um dos maiores guitarristas que o Brasil já teve, Wander Taffo. Para quem não conhece, basta dizer que o músico já fez parte de bandas importantíssimas do cenário musical nacional como Made in Brazil, Secos & Molhados, Joelho de Porco, Gang 90 e Rádio Taxi. Além disso, Wander tocou em discos ou em turnê de Cássia Eller, Guilherme Arantes, Marina e vários outros artistas.

Conheci o Wander por causa do meu emprego, o Território da Música. O site é ligado à EM&T (Escola de Música e Tecnologia). A escola nasceu pequena e hoje é a maior escola de música da América Latina, com vários prêmios internacionais e com professores do nível de Kiko Müller (vocal do Golpe de Estado) e Edu Ardanuy (guitarrista do Dr. Sin).

Nas poucas vezes que tive contato com ele, Wander se mostrou extremamente humilde, não tinha a pose de ‘rock star’, apesar de ser realmente isso. Quem gosta e conhece um pouco de música sabe o tamanho do talento e da perda que essa fatalidade traz. Prematura aliás.

Quem ler isso pode achar que estou fazendo média ou forçando a situação, mas não tenho motivo pra isso. Wander era um cara cativante.

4.5.08

Domingo de Sol

Domingo. Feriado prolongado. Lindo céu azul, claro e límpido. Vento frio que eu adoro. Um lindo dia para ir ao parque, ou à praia! Quem sabe um passeio de bicicleta? Churrasco? Um jogo de futebol com os amigos (que eu odeio. O jogo, não os amigos.)!? Um sorvete?! Pois é, lindo dia para fazer isso e outras coisas, mas o que eu fiz nesse domingo lindo? Fui ao cemitério.

Não. Ninguém morreu, pelo menos ninguém que eu conheça, apesar que tinha velório lá. Mas eu e a Bel fomos praticar uma de nossas atividades preferidas no velho e belo cemitério do Araçá, em São Paulo.

Há peças realmente muito bonitas por lá. Anjos, mausoléus, gatos, muitos gatos abandonados que dormem nos túmulos, e alguns góticos-emos homos. Abaixo uma das fotos do local. Em breve as fotos estarão no meu site e as da Bel também estarão na internet, no site dela, claro.

1.5.08

"Perdão...


...pelo coração que eu desenhei em você com o nome do meu amor".

As Árvores - Arnaldo Antunes e Jorge Ben Jor