21.9.08

Isso é seu!

... e meu também.
Isso é o resultado de tudo que você joga no lixo. Foto tirada no aterro sanitário de Santo André. O local é uma montanha enorme feita de lixo. Essa é uma pequena parte que está sendo usada, o local é imenso e literalmente é uma montanha recheada de lixo. Após os montes chegarem a determinada altura, eles são cobertos por terra.

Para a montanha não explodir são colocadas essas peças de concreto utilizadas para canalização de córregos. Elas funcionam como respiros para a saída do gás gerado pela decomposição do lixo. Abaixo é possível ver a área total.

16.9.08

Pensa num bicho esperto!

Clica aqui pra ver o cachorro mais esperto do mundo, treinado pelo Magáiver e pelo Chuqui Nóris. Vai com fé!

13.9.08

Cada um pra sua sardinha

Não, não. Ainda não tenho o tal diploma. Mas afinal minha parte eu quero em dinheiro.

11.9.08

"Ô moça, quanto custa?"

Era uma vez, nos idos de 1991 ou algo que o valha... quando eu ainda era um garoto magro e comecei a deixar o cabelo crescer, eu arrumei muita briga por aí. Não briga de sair na porrada mesmo, mas alguns bate-bocas na fila do açougue, da padaria, do mercado e em outros estabelecimentos. Tudo porque sempre tinha algum féla que achava que eu era uma menina. Só porque eu tinha 11 ou 12 anos e meu cabelo já estava grande.

Lembrei desses momentos deprimentes da minha puberdade/adolescência porque ontem estava eu no mercado quando uma senhora chegou do meu lado e perguntou "moça, quanto custa essa lingüiça?", me mostrando uma bandeija com duas calabresas defumadas.

Primeiro eu ignorei a velhinha e contei até 10 antes de mandá-la à merda. Mas não satisfeita em ter sido ignorada ela disse novamente "ô moça, vê pra mim quanto custa". Ao meu lado um funcionário do mercado fingia que não estava percebendo o caso. Respondi pra senhorinha: "três e oito", caprichando no grave, pra ver se ela se tocava.

- Quanto? três e onze?
- T R Ê S e O I T O, retruquei quase soletrando.
- Ah, é três e onze - ela falou se dirigindo para uma amiga que devia ter a mesma idade.

O funcionário do mercado olhou pra mim e só disse "é, é difícil". "O mais lindo foi o 'ô moça'", ainda comentei com o cara.

7.9.08

Scorpions

Credicard HELL lotado para mais uma apresentação do Scorpions em São Paulo. Legal perceber no público uma mistura de molecada e tiozinhos. Tinha lá senhoras e senhores já há muito com os cabelos brancos - alguns sem cabelo, é verdade.

O show foi muito animado, os caras ainda se portam no palco como há 20 anos.

Principalmente o guitarrista Rudolf Schenker que agita o tempo todo, faz caretas pros fotógrafos, cheio de poses e muito simpático. Klaus Meine estava menos falante nesse show do que o último que eu vi, no ano passado, mas ainda assim agradece sempre ao público e também se mostra simpático, sempre sorrindo.

Como prometido, o show começou elétrico e teve uma parte acústica. A banda contou com alguns convidados no palco, inclusive o guitarrista Andreas Kisser. Os outros eu nem sei quem são. Kisser tocou com a banda a ótima instrumental "Coast to Coast" e logo em seguida começou a parte acústica do show.
Logo de cara "Always Somewhere", a baladinha deles que eu mais gosto. Também tocaram "Holiday", Rhythm of Love" e "Dust in the Wind", original do Kansas. As músicas acústicas não tiveram a mesma produção das versões do DVD "Acoustica", mas ainda assim foi bem legal ouvir versões diferentes das originais.

A galeria de fotos do show está lá no Território da Música.

6.9.08

Eu gosto de Música

Eu gosto de Música. Não sei se eu já disse isso aqui, nem sei se alguém percebeu, mas eu gosto de Música. Música com 'M' maiúsculo. Provavelmente a minha maior frustração é não entender nada de Música e principalmente não tocar nada. Mas eu gosto mesmo assim. Isso de certa forma me serve de consolo. E por isso mesmo eu tento conhecer muitas coisas. Claro, tem coisas que não gosto mesmo e até tento ouvir, mas não me causam nada. Em compensação, tem coisas que me fazem viajar.

Em poucos minutos estarei à caminho do show do Scorpions. Esta será a quarta vez que eu vejo os alemães por aqui e a segunda que eu vou trabalhando. O primeiro show internacional que eu fui, em 1994, foi justamente do Scorpions, no extinto Olympia.

Mas voltando. Eu gosto de Música. Quando as pessoas perguntam se alguma Música marcou ou algo do tipo, é difícil dizer. Tem sim algumas que marcaram alguns lugares, épocas e pessoas. Todo mundo tem. Se não tem deveria ter. Mas eu não saberia montar uma 'trilha sonora da minha vida' - bonito isso. Mas eu gosto de Música. Gosto e dou aquelas viajadas quando ouço algumas em especial.

"Pseudo Silk Kimono" do Marillion, por exemplo, é um puta som que eu literalmente viajo! E nem preciso ter usado / tomado nenhum alterador de consciência - modo bonito de dizer cerveja, pinga ou maconha. Voltando ao Scorpions, a clássica e manjada "Still Loving You" é outra pra viajar. Não por ser baladinha e tals, mas aquele solinho do final... putz... não tem como não fazer aquela cena ridícula de 'air guitar' ouvindo aquele finalzinho.

Eu ainda não consigo com minhas fotos passar o que eu sinto nos shows, mas é esse meu objetivo. Ainda sou ruizinho, o equipamento não é lá grande coisa, mas um dia eu consigo. Bom, esse texto não diz nada, mas eu vou indo pro Scorpions. Depois conto como foi o show. Talvez pra ninguém, talvez pra um, dois, seis.

Na vitrola Kayleigh - Marillion

4.9.08

Bola Dividida - Zeca Baleiro

"Será que essa gente percebeu,
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída,
só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele, vai fazer comigo

E vai fazer comigo exatamente igual
ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal

Será que essa gente percebeu
que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola à ele e ele nem ligou"

- composição Luiz Ayrão - interpretação Zeca Baleiro -

Essa é uma das músicas do novo disco do Zeca Baleiro. O disco foi batizado como "O Coração do Homem-Bomba Vol. 1" e é muito bom, diria que um dos dois melhores da carreira dele. Essa música é do famoso sambista Luiz Ayrão e a letra é muito engraçada.

Aliás, eu sempre fui partidário desse lema, nunca entro em bola dividida. Logo mais tem a resenha do disco aqui!

3.9.08

É MetoDisney!!!

Nesta terça-feria, 02, o Salão Nobre da Universidade Metodista - onde eu estudo - recebeu o candidato a prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), em um ato de apresentação da candidatura. Estiveram presentes no evento a ministra Dilma Roussef, os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, além de muitos militantes do PT e outros partidos e entidades civis.

Infelizmente não pude assistir ao evento, já que estava fazendo uma prova, mas consegui assistir uma parte. Nada de novo, já que se tratava da apresentação do programa de governo de Luiz Marinho. A ministra Dilma aproveitou a oportunidade para falar novamente sobre o petróleo descoberto na camada de pré-sal. Nada de novo, mais uma vez.

Mas o que foi interessante foi a briga que aconteceu no local. Alguns alunos do curso de Filosofia entraram no auditório e solicitaram participar do evento indagando a ministra. Eles foram simplesmente escurraçados na base da porrada.

Alguns militantes do PT desceram a porrada nos playboyzinhos metidos a intelectuais que foram lá reclamar sabe-se lá do que. Logo que entraram no auditório um deles gritou "Mercadante, você é ladrão!", durante o discurso do senador Mercadante. Logo foi agarrado por um segurança do PT. A bagunça continuou no jardim em frente ao prédio.

A notícia que corre é que a pessoa que organizou a manifestação é partidária de outro candidato e militante política.

Detalhes aqui ó:
G1 / JB / Folha


E tinha gente por lá que eu adoraria ver apanhando.

1.9.08

Zé Ramalho - Zé Ramalho da Paraíba

As pessoas que não conhecem a discografia e trajetória de Zé Ramalho e só tem como referência parcerias de qualidade duvidosa com duplas de música sertaneja / romântica, podem se espantar ao ouvir este disco. “Zé Ramalho da Paraíba” é como um pergaminho que encontrado hoje explica antigos mistérios.

Para aqueles que conhecem a carreira do cantor, a postura Rock n’ Roll que ele demonstra no palco e nas letras é facilmente percebida e entendida. Este novo álbum mostra a gênese de tudo isso. “Zé Ramalho da Paraíba” traz gravações de shows realizados na Paraíba entre 1973 e 1976, antes do cantor se tornar um dos grandes nomes da MPB.

É um disco de Rock n’ Roll, Blues e música nordestina em perfeita harmonia. É verdade que nessa fase o Rock n’ Roll falava mais alto, mas é um Rock ‘bicho-grilo’ que permeava o trabalho de muitos artistas nessa época. Aos desavisados pode até parecer inusitado encontrar coisas que lembram Led Zeppelin - em “Jacarepaguá Blues” - e Pink Floyd - em “Luciela”, que lembra “Echoes”. E a capa, não lembra o "Vol. 4" do Black Sabbath?

O álbum é duplo e traz 23 músicas, incluindo “Admirável Gado Novo”. Está é uma faixa bônus gravada em 1977 no Rio de Janeiro. Algumas músicas que se tornariam grandes sucessos da carreira de Zé Ramalho estão neste álbum em versões embrionárias, como “Jardim das Acácias”, “Jacarepaguá Blues” e “Taxi Lunar”, que abre o disco.

Outras são praticamente desconhecidas, como a bela “Luciela”, “Puxa Puxa”, “Terremotos” e “Falidos Transatlânticos”, regravada e lançada só em 1998. Desde sempre o misticismo é tema presente nas composições de Zé Ramalho. Nesta compilação de raridades esse lado místico, influenciado por experiências alucinógenas, se faz presente em várias faixas.

O álbum traz também duas faixas com discursos de um irado Zé Ramalho praguejando contra a crítica, comentando sobre o show e até cortando o cabelo no palco. Antes de "Avohai" Zé conta que seu avô faleceu três dias antes daquele show e emocionado explica sobre o significado da música.

As gravações originais contidas neste álbum foram registradas em fitas cassete durante os anos 70 e por isso, obviamente, a qualidade do áudio não é muito boa. Ainda assim consegue passar o sentimento e o clima do show, trazendo para o público essas raridades.

“Zé Ramalho da Paraíba” é o primeiro lançamento do selo Discobertas, do produtor e pesquisador musical Marcelo Froés. Pode-se dizer que começou com o pé direito. A raridade do material e a oportunidade dessa viagem ao início da carreira de Zé Ramalho compensam a qualidade precária do áudio. Essencial para os fãs e uma boa pedida para os curiosos.

- publicado originalmente no Território da Música -