Aquela noite prometia. Prometia ser um martírio. Ter que agüentar aquelas pessoas que ela não conhecia, naquele lugar que ela não curtia, com aquelas músicas que não eram de sua época. Tudo aquilo era indício de uma noite maçante. Pior que isso era o fato de ir para aquela festa se sentindo obrigada. “Maldita hora que eu prometi ir”, pensou enquanto se olhava no espelho, após o banho, com os ombros à mostra.
O que mais a irritava nessa história era pensar que naquela mesma noite poderia estar em outros braços. Os mesmos que na noite anterior circularam sua cintura. Mas hoje a boca que ela beijaria era outra.
No horário marcado o encontrou e foram para a festa. No caminho, ao olhar pela janela do carro, seu pensamento viajava e a transportava para a mesma sala e o mesmo sofá da noite anterior. Sentia-se feliz por ainda trazer aquele gosto na boca. Quase podia sentir as mãos em sua cintura.
Mas hoje as mãos e a boca em seu corpo eram de outro. E cada vez que ele se aproximava e a beijava, ela podia fechar os olhos e imaginar outro em seu lugar. Foi assim que ela suportou aquela noite.
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Na vitrola Prece ao Vento - Quinteto Violado
2 comentários:
Pilantra essa mocinha aí, rss.
Continua?
Beijão!
lambe sal o cara hein
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