Era uma vez, nos idos de 1991 ou algo que o valha... quando eu ainda era um garoto magro e comecei a deixar o cabelo crescer, eu arrumei muita briga por aí. Não briga de sair na porrada mesmo, mas alguns bate-bocas na fila do açougue, da padaria, do mercado e em outros estabelecimentos. Tudo porque sempre tinha algum féla que achava que eu era uma menina. Só porque eu tinha 11 ou 12 anos e meu cabelo já estava grande.
Lembrei desses momentos deprimentes da minha puberdade/adolescência porque ontem estava eu no mercado quando uma senhora chegou do meu lado e perguntou "moça, quanto custa essa lingüiça?", me mostrando uma bandeija com duas calabresas defumadas.
Primeiro eu ignorei a velhinha e contei até 10 antes de mandá-la à merda. Mas não satisfeita em ter sido ignorada ela disse novamente "ô moça, vê pra mim quanto custa". Ao meu lado um funcionário do mercado fingia que não estava percebendo o caso. Respondi pra senhorinha: "três e oito", caprichando no grave, pra ver se ela se tocava.
- Quanto? três e onze?
- T R Ê S e O I T O, retruquei quase soletrando.
- Ah, é três e onze - ela falou se dirigindo para uma amiga que devia ter a mesma idade.
O funcionário do mercado olhou pra mim e só disse "é, é difícil". "O mais lindo foi o 'ô moça'", ainda comentei com o cara.
4 comentários:
Acho que vc deveria fazer um Manual de sobrevivência para o cabeludo. Seria de grande valia pra molecada que já cansou de ouvi 'ô moça'.
Beijão
Mas,Tio, vc deixou o cabelo crescer de novo? Nossa, eu nunca que daria para te confundir com menina, "pelamor"! gente cegueta, hein?!
Beijos
Edu, Edu... Você ainda vai ficar velhinho. E provavelmente rabugento!!!! Hahahaha
Lembrei da minha mãe dando bola fora com uma vizinha nossa.
Faz tempo já, a menina tinha o cabelo curtinho e jeitão de moleque.
Uma noite, ela foi chamar minha irmã no portão. Minha mãe, já não enxerga muito bem (óculos desde sempre), à noite pior ainda, saiu na janela, viu a menina e gritou:
"Marília, tem um menino te chamando aqui!"
rsrs
Fazer o quê?! Acontece...
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