22.12.07

A Última Estação

Já era tarde da noite quando pegaram o trem. A viagem era longa da estação em que estavam até onde deveriam descer. Devido ao horário, poucas pessoas estavam no trem. Entraram no primeiro vagão e se sentaram no último banco. Ele a abraçou e ela apoiou a cabeça em seu peito. Ficaram assim por algum tempo até que ela ergueu o rosto e lhe deu um beijo na boca.

Eram beijos lentos, demorados, intensos. As línguas se movimentavam como em um balé e assim como ela mordia a língua dele, ele mordia seu lábio inferior. As mãos dos dois se entrelaçavam e percorriam o corpo alheio. Enquanto a beijava ele abriu dois botões de sua blusinha. Seu sutiã preto ficou à mostra e parte de seus seios. Ela segurou a blusa e assustada olhou para a outra extremidade do vagão. Havia apenas um homem sentado em um banco, cochilando. Ela deu um leve sorriso para ele e abriu a blusa.

Ela começou a morder seu pescoço, mordia, passava a lingua e assoprava. Ela sentia que isso fazia ele se arrepiar todo e ela gostava dessa sensação. Ele soltou seu sutiã e sua mão passeou por seus seios. Adorou ver a cara de tesão e o suspiro que ela deu quando apertou levemente seu mamilo. O trem parou na estação. Por alguns segundos os dois tiveram que se recompor. Mas ninguém entrou no vagão e o outro passageiro continuava dormindo.

Mal o trem fechou as portas e eles voltaram a se beijar. Os dois se balançavam conforme a velocidade do trem aumentava. Pela janela só conseguiam ver os rastros das luzes ao longe, passando rápido, como se acelerassem à medida que o tesão dos dois crescia. O sangue corria em suas veias com a mesma rapidez que as luzes na janela. Enquanto acariciava seu mamilo esquerdo, sua boca foi de encontro ao direito. Com os dedos entre seus cabelos, ela segurava firme a cabeça dele de encontro ao seu peito. Cada vez que ela sentia seus dentes no mamilo ela forçava mais sua cabeça.

Com um puxão forte ela o tirou daquela posição e lhe deu um beijo na boca. A mordida que ela lhe deu deixou seu lábio inferior latejando. Os dois estavam loucos e talvez nem conseguissem parar se de repente aparecesse alguém ali. "Eu quero chupar você". Sem hesitar ela abriu a calça dele e começou a chupá-lo ali, agachada no banco do trem. Trem, luz, estação, passageiro... ele já não conseguia ver nada disso. A única coisa que ele via era ela com aquele olhar cheio de malícia e tesão. Só aqueles olhos eram suficientes para deixá-lo fora de si.

“Estação terminal, a CPTM deseja a todos uma boa noite”, ouviram a voz intrusa que saia dos auto-falantes dentro do vagão. Segurando com força ele puxou-a para cima e lhe beijou a boca intensamente. Ela deu uma leve risada quando percebeu que o passageiro dorminhoco não estava mais no vagão. “O que será que ele viu?” – disse enquanto fechava sua blusa.

Se arrumaram e desceram do vagão. Era a última estação.

5 comentários:

Anônimo disse...

Menino, que coisa feia! Assim na frente de todo mundo? hahaha... Tá saidinho, heim, Du?

Aproveita o feriado aí!

Bjo!!!

Rodrigo disse...

Belo conto. Histórias em lugares públicos são interessantes...

Liz disse...

Edu, pornográfico! Resta saber se é um conto, um sonho ou um fato! Confessa, Edu!

Anônimo disse...

pior que é verdade

Anônimo disse...

Já faz um tempo que foi publicado, mas tenho que comentar, não dá pra passar batido por esse.

Simplesmente demais, sensual na medida certa, envolvente mesmo, inusitado.

Parabéns

Bj