Ela tirou o fone do gancho várias vezes antes de finalmente digitar o número do celular dele. Ele havia mandado uma mensagem alguns dias antes, durante a noite, e naquela noite ela dormiu muito bem, só por causa de uma simples mensagem. O que estava escrito nem importava muito, mas sim o fato dele ter mandado a mensagem e no final ter desejado boa noite.
O celular tocou três vezes antes de ele atender. Quando olhou no visor sentiu seu estômago se retorcer. Há dois meses ele aguardava aquela ligação.
-Pronto
-***? Tudo bem? É a *****.
-Olá *****! Nossa, fiquei surpreso agora! Não espera você me ligar. Tava torcendo pra isso acontecer, mas no fundo não esperava.
A conversa enveredou por amenidades. Os dois pisavam devagar em um terreno ainda desconhecido e, portanto, perigoso. Mas era óbvio que os dois sabiam onde queriam chegar.
-Você continua trabalhando no mesmo lugar, no mesmo horário?
-Tô sim, por que?
-Amanhã eu volto às aulas, se a gente tiver sorte, a gente se encontra no mesmo horário.
-Não acho uma boa idéia deixar isso com a sorte, acho melhor nós marcamos isso certo e darmos uma ajudinha pra nossa sorte...
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Na vitrola My Wine in Silence - My Dying Bride
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Pois é, por falar em volta às aulas minhas aulas na facul voltaram e por isso eu sumi do Sanctuarium. Mas no final de semana tento pôr algo que presta aqui.
2 comentários:
Eu sempre achei de uma preguiça isso de "deixa que o destino se encarrega". O mesmo vale pra sorte, coitada. Tem q trabalhar mto se tiver que dar conta de todo o trabalho que deixam pra ela.
Gostei da atitude dos dois personagens. É isso que faz as coisas acontecerem.
Passei hoje pela sensação de receber uma mensagem que me fez sorrir e, dias atrás, pela sensação de receber uma ligação que me fez o estômago retorcer.
Tão bom...
rs
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