Em um momento de prestação de serviço cultural, resolvi publicar aqui o endereço de um ótimo fórum que minha nova amiga / velha conhecida Bel me enviou. Trata-se do MakingOff.org.
Lá você pode encontrar muitos filmes, principalmente não comerciais, europeus, alternativos e estranhos em geral. Já fiz uma 'cópia de segurança' de 'Solá - 120 Dias de Sodoma". Sim sim, filme baseado no livro homônimo do Marquês de Sade. Já dei a entender por aqui (sem sacanagem!) que curto o Marquês, em uns textos antigos.
O filme é sombrio, tanto na estética quanto no roteiro. Sexo mesmo pouco tem. Mas as escatologias são fortes. Assistindo ao filme eu lembrei das 'donzelas' da minha classe na faculdade, que quase bateram em uma professora por que ela disse que amor não existe. Professora de Sociologia, Filosofia e afins, tentando explicar sobre a aproximação instintiva animal, e as menininhas-pseudo-donzelas-sonhadoras querendo queimá-la na fogueira da ignorância. Bom, mas outra hora escrevo sobre isso.
Também baixei o "Eterno Amor", indicação da Jô. Esse ainda não assisti, mas é do mesmo diretor de "Fabuloso Destino de Amélie Poulain", e com a mesma atriz, Audrey Tautou. Aliás, como essa mulher é bonita! Na verdade o primeiro filme que vi com ela foi o "Código Da Vinci", e mesmo com uma aparência mais madura, continua com algo que chama a atenção.
Não é aquela beleza física, ariana e padronizada de Hollywood, de Nicole Kidman, nem aquele ar femme fatale de uma Angelina Jolie. É uma beleza singela, calma. A melhor de todas.
É, viajei agora... de todo modo, bom filme pra vocês!
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Na vitrola Outra Era - Ceumar (Obrigado Jô!)
30.1.08
29.1.08
O Último Dia
Os números vermelhos ao lado da cama mostravam 22:13. Ela viu o mostrador refletido no espelho enquanto se maquiava. Agora seus lábios estavam da cor dos números, da cor do sangue que corria quente em suas veias.
Aquela era a última noite de sua vida. Não que ela fosse se matar ou que algum anjo, torto ou não, tenha lhe soprado ao ouvido algum aviso durante a noite. Simplesmente ela decidiu que iria viver aquela noite como se fosse a última. "O que você faria, se só lhe restasse esse dia", ela cantou fazendo uma cara provocante diante do espelho e logo em seguida uma careta de zombaria.
Ligou o som e colocou um CD, apertou o 'repeat' e aumentou o volume. A voz grave saiu dos auto-falantes e fez com que ela parasse por um instante. "Love, love will tear us apart, again". "É, ele nos separou", disse enquanto a música lhe batia na cara e fazia ela lembrar um rosto que até pouco tempo atrás estaria junto com ela naquele quarto.
Desligou o aparelho de som, pegou as chaves do carro que estavam sobre a mesinha do computador e saiu. "Hoje eu não tenho nome, hoje eu não sou ninguém, nem sou de ninguém", falou quase com raiva enquanto descia as escadas. Entrou no carro, ligou o rádio e deu a partida. (...)
*****
Na vitrola Cardinal Sin - Black Sabbath
Aquela era a última noite de sua vida. Não que ela fosse se matar ou que algum anjo, torto ou não, tenha lhe soprado ao ouvido algum aviso durante a noite. Simplesmente ela decidiu que iria viver aquela noite como se fosse a última. "O que você faria, se só lhe restasse esse dia", ela cantou fazendo uma cara provocante diante do espelho e logo em seguida uma careta de zombaria.
Ligou o som e colocou um CD, apertou o 'repeat' e aumentou o volume. A voz grave saiu dos auto-falantes e fez com que ela parasse por um instante. "Love, love will tear us apart, again". "É, ele nos separou", disse enquanto a música lhe batia na cara e fazia ela lembrar um rosto que até pouco tempo atrás estaria junto com ela naquele quarto.
Desligou o aparelho de som, pegou as chaves do carro que estavam sobre a mesinha do computador e saiu. "Hoje eu não tenho nome, hoje eu não sou ninguém, nem sou de ninguém", falou quase com raiva enquanto descia as escadas. Entrou no carro, ligou o rádio e deu a partida. (...)
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Na vitrola Cardinal Sin - Black Sabbath
26.1.08
No Plano Astral
Como as coisas tinham mudado em sua vida nos últimos anos! "Agora é uma nova vida", ela pensou enquanto esperava, encolhida na cama, Morfeu levá-la para algum lugar onde ela poderia viver seus desejos. Não que ela tivesse problema com eles, ela já tinha dominado ou aprendido a conviver com quase todos. Quase todos. Justamente um, apenas um, ela queria tanto dominar e não conseguia. Ou no fundo não queria.
Ela dispensou o namorado cedo e foi pra cama. Às vezes ela mesma se perguntava o que estava fazendo com aquele cara, já que não era com ele que se encontrava em seus sonhos. Ela sabia onde encontrar essa pessoa, mas o orgulho sempre foi o que ela teve de mais marcante. E sempre foi isso que atrapalhou sua vida.
Quanto tempo ela ainda precisaria para esquecê-lo? Quanto tempo até que eles se encontrassem de novo? Pelo menos, enquanto esse dia não chegava, ela dormia cedo, tentando assim ter mais tempo para caminhar pelas trilhas do sono e do plano astral. Pelo menos lá, no limite do sonho e do real, da vida e da morte, eles poderiam se encontrar.
Sleep and his-half brother Death - John William Waterhouse - 1874
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Na vitrola A Deeper Kind of Slumber - Tiamat
25.1.08
Arnaldo Antunes: Ao Vivo no Estúdio
Quinze anos após iniciar sua carreira solo, o compositor, poeta e cantor Arnaldo Antunes lança seu primeiro trabalho ao vivo, “Ao Vivo no Estúdio”. Como o nome indica, o registro do CD e DVD foi feito no estúdio Mosh, em São Paulo, para uma pequena platéia de 50 convidados.
Quem já teve o prazer de assistir uma apresentação do cantor sabe o quanto sua performance no palco é marcante e cheia de energia. Neste novo trabalho as estripulias no palco dão lugar a um ambiente intimista, sons contidos, com destaque para o instrumental suave e a interpretação marcante de Arnaldo.
O CD “Ao Vivo no Estúdio” traz 16 faixas que englobam toda a carreira solo de Arnaldo, 15 delas já bem conhecidas daqueles que acompanham a carreira do cantor e uma música inédita, aliás, um dos grandes destaques desse trabalho.
O disco traz as músicas em arranjos especiais, sem nenhuma percussão, apenas com os violões de Chico Salem, a guitarra de Beto Aguiar, e o teclado e sanfona de Marcelo Janeci. Para reforçar o clima intimista, a versão em DVD traz todo o registro em preto e branco, o que foge do usual, mesmo em apresentações acústicas.
Arnaldo e Janeci são os compositores da música inédita, “Quarto de Dormir”, uma das letras mais bonitas já compostas por Arnaldo e com certeza o grande destaque do disco.
Há participações especiais dos velhos parceiros de Titãs Nando Reis, em “Não Vou Me Adaptar” e Branco Mello em “Eu Não Sou da Sua Rua”, gravada por Marisa Monte. Também marcam presença Edgard Scandurra, que participou de todos os discos de Arnaldo, tocando “Judiaria”, de Lupicínio Rodrigues, e Marisa Monte, Carlinhos Brown e Dadi, para relembrarem os Tribalistas em “Um a Um”.
Outras músicas que receberam o tratamento especial dos novos arranjos e merecem destaques são “Socorro”, “Pedido de Casamento”, “Saiba” e “Quarto de Dormir”. Ah, já falei dessa? Pois merece ser citada de novo.
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Na vitrola Quarto de Dormir - Arnaldo Antunes
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Nunca coloquei aqui as resenhas que faço para o Território da Música, mas essa vale a pena dividir com vocês que acessam o Sanctuarium, porque o disco é muito bonito mesmo.
21.1.08
"Um banho de chuva, banho de chuva..."
Como já havia comentado aqui, sábado passado a mato-grossense Vanessa da Mata se apresentou no Parque Central, em Santo André. Fui fazer a cobertura do show para o Território da Música e foi uma aventura ter que arrumar um jeito de embrulhar a câmera em um saquinho plástico para não molhar e ainda assim não atrapalhar para fazer as fotos. E choveu hein!? Mas como diz a música, “O que a gente precisa É tomar um banho de chuva, Um banho de chuva”, e todo mundo tomou!
Apesar da chuva que caiu o dia inteiro, muitas pessoas compareceram ao parque para prestigiar a cantora. Com certeza não se arrependeram. Vanessa é muito bonita e tem carisma no palco, além de uma voz muito bonita. A resenha está publicada no Território da Música, vale a pena ler ;-) As fotos vocês podem ver no meu site.
Vanessa da Mata e o guitarrista Davi Moraes
(sem) Cabeça
Quem diria!
O velho Sanctuarium foi agraciado com um selo - tem um nome específico, mas não sei - de "Blog Cabeça"! Não sei bem o que é um blog cabeça, talvez esteja mais de acordo com a figura do selo: sem cabeça! Sem pé, nem cabeça.
O que me deixa lisonjeado nem é tanto o título em sí, mas sim de quem eu recebo. A Jô, que presenteia seus leitores com os fragmentos soltos pelo mundo e dentro dela. Além de ser uma estudiosa das letras, das palavras e do peso que elas carregam. Obrigado Jô! ;-)
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O velho Sanctuarium foi agraciado com um selo - tem um nome específico, mas não sei - de "Blog Cabeça"! Não sei bem o que é um blog cabeça, talvez esteja mais de acordo com a figura do selo: sem cabeça! Sem pé, nem cabeça.
O que me deixa lisonjeado nem é tanto o título em sí, mas sim de quem eu recebo. A Jô, que presenteia seus leitores com os fragmentos soltos pelo mundo e dentro dela. Além de ser uma estudiosa das letras, das palavras e do peso que elas carregam. Obrigado Jô! ;-)
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Na vitrola Liebesspiel - Lacrimosa
18.1.08
"Vem"
Vem
Que eu sei que você tem vontade
Que eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu não me recupere
Mas
Se decidir fazer surpresa
Deixei as chaves embaixo do xaxim
Comprei os doces que devora
Acho que agora não vai resistir
Um espelho pra sua vaidade
Dossel, pena de ganso
É quase um romance
Desligue nossos celulares
Três dias pra um começo, vem
Vem
Eu sei que você tem vontade
Eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu me desespere
- Vanessa da Mata -
Neste próximo sábado, 19, a cantora Vanessa da Mata se apresentará em um parque aqui em Santo André. Aguardem as fotos do show!
Confesso que conheço pouco o trabalho dela, mas acho sua voz linda, macia, suave. E essa música, "Vem", é simples, mas muito bonita.
Que eu sei que você tem vontade
Que eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu não me recupere
Mas
Se decidir fazer surpresa
Deixei as chaves embaixo do xaxim
Comprei os doces que devora
Acho que agora não vai resistir
Um espelho pra sua vaidade
Dossel, pena de ganso
É quase um romance
Desligue nossos celulares
Três dias pra um começo, vem
Vem
Eu sei que você tem vontade
Eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu me desespere
- Vanessa da Mata -
Neste próximo sábado, 19, a cantora Vanessa da Mata se apresentará em um parque aqui em Santo André. Aguardem as fotos do show!
Confesso que conheço pouco o trabalho dela, mas acho sua voz linda, macia, suave. E essa música, "Vem", é simples, mas muito bonita.
15.1.08
Efêmero
Eu a vi algumas vezes perto de casa, clarinha e olhos azuis. Sempre andando devagar, mas visivelmente atenta às coisas ao redor. Um dia eu cheguei e ela estava no meu quintal. É uma gata. Literalmente. Parece uma siamesa albina, ou algo assim.
Eu gosto de gatos. Gosto de cachorros também. Mas prefiro os peixes que não fazem barulho, nem sujeira e ainda enfeitam a sala.
Algumas pessoas parecem gatos. Os gatos são ariscos, mas eles chegam perto de você, se esfregam na sua perna e ficam pedindo carinho. Mas eles só chegam perto quando estão a fim. Vai tentar pegar o gato pra ver! Ou ele te arranha ou sai correndo.
Há aquelas pessoas como gatos, que vem perto de você unicamente pra suprir as carências. Depois que você as afaga, elas saem andando. Elas só precisam ter alguém, não importa quem seja.
Efêmeros, sentimentos efêmeros. São essas pessoas-gatos.
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Eu gosto de gatos. Gosto de cachorros também. Mas prefiro os peixes que não fazem barulho, nem sujeira e ainda enfeitam a sala.
Algumas pessoas parecem gatos. Os gatos são ariscos, mas eles chegam perto de você, se esfregam na sua perna e ficam pedindo carinho. Mas eles só chegam perto quando estão a fim. Vai tentar pegar o gato pra ver! Ou ele te arranha ou sai correndo.
Há aquelas pessoas como gatos, que vem perto de você unicamente pra suprir as carências. Depois que você as afaga, elas saem andando. Elas só precisam ter alguém, não importa quem seja.
Efêmeros, sentimentos efêmeros. São essas pessoas-gatos.
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Na vitrola Nobody's Hero - Rush
14.1.08
Causos por R$ 2,30 - no trem
- Mas eu nunca a vi tão mal, tadinha...
- Nossa, e ela estava chorando muito?
- Soluçava, mal conseguiu me contar a história.
- E como foi que aconteceu?
- Ah ela falou que ele só a chamou para irem jantar, normal. Ele passou na casa dela, foram pra um restaurante, aí na volta, já viu né, ele levou ela pra lá.
- Mas fala a verdade, eles estão saindo juntos há cinco meses, o cara tem trinta e poucos anos, não é mais criança né? Ela tinha que ter conversado com ele sobre isso antes.
- É mas ela não tava esperando por isso.
- E aí?
- Entraram no quarto, ele foi tentar abraçá-la e tudo mais, ela já abriu o berreiro, começou a chorar. O cara desanimou, claro. Aí foram embora, foi rápido.
- Tadinha dela, você sabe né, o quanto ela preza por isso, o quanto ela sonha em casar, ser abençoada pelo pastor, noite de nupcias, tudo mais...
- Graças à Deus ela foi mais forte!
- Mas se não aconteceu nada, por que será que ela ainda tá tão desesperada?
- Não sei... a Tentação é forte né?
- Nossa, e ela estava chorando muito?
- Soluçava, mal conseguiu me contar a história.
- E como foi que aconteceu?
- Ah ela falou que ele só a chamou para irem jantar, normal. Ele passou na casa dela, foram pra um restaurante, aí na volta, já viu né, ele levou ela pra lá.
- Mas fala a verdade, eles estão saindo juntos há cinco meses, o cara tem trinta e poucos anos, não é mais criança né? Ela tinha que ter conversado com ele sobre isso antes.
- É mas ela não tava esperando por isso.
- E aí?
- Entraram no quarto, ele foi tentar abraçá-la e tudo mais, ela já abriu o berreiro, começou a chorar. O cara desanimou, claro. Aí foram embora, foi rápido.
- Tadinha dela, você sabe né, o quanto ela preza por isso, o quanto ela sonha em casar, ser abençoada pelo pastor, noite de nupcias, tudo mais...
- Graças à Deus ela foi mais forte!
- Mas se não aconteceu nada, por que será que ela ainda tá tão desesperada?
- Não sei... a Tentação é forte né?
11.1.08
Encontro
Não se lembrava quando tinham se visto pela última vez. Talvez há alguns anos atrás. Pareciam anos.
Mesmo parecendo uma cena clichê, ele a viu como se estivesse em camera lenta. Eram apenas uns poucos degraus. Cinco ou seis talvez. Mas desde o momento que ela apareceu e começou a descer vindo em sua direção, parecia que aquela era a maior escadaria que ele já tinha visto.
Por um instante ele se refugiou em poucas lembranças do passado e não conseguiu olhar em seus olhos, como ele sempre gostava de fazer. Sentiu-se quase como que proibido de olhá-los. Preferiu imaginar que eles estavam sorrindo para ele, assim como foi um dia.
A blusa clara - era creme? - combinava com sua pele. Ele sempre achava que tudo combinava. Achou linda sua saia longa e o modo que o vento e seus passos moldavam ondas no tecido. Era como se ela estivesse flutuando.
Poucas palavras, quase como se tivessem sido escolhidas para manter uma distância. Mas na verdade tudo que ele queria era a aproximação. Foi rápido. Na despedida pensou em pedir um abraço. Ele só precisava sentir o abraço.
Não falou, mas ela deve ter ouvido o pedido mesmo assim ou talvez, quem sabe, ela também quisesse. Abraçaram-se mas mesmo assim ele sabia que aquele não era o abraço dela. Ele já tinha experimentado o calor de estar encostado em seu peito, envolvido em seus braços.
Sem mais, despediram-se.
Mesmo parecendo uma cena clichê, ele a viu como se estivesse em camera lenta. Eram apenas uns poucos degraus. Cinco ou seis talvez. Mas desde o momento que ela apareceu e começou a descer vindo em sua direção, parecia que aquela era a maior escadaria que ele já tinha visto.
Por um instante ele se refugiou em poucas lembranças do passado e não conseguiu olhar em seus olhos, como ele sempre gostava de fazer. Sentiu-se quase como que proibido de olhá-los. Preferiu imaginar que eles estavam sorrindo para ele, assim como foi um dia.
A blusa clara - era creme? - combinava com sua pele. Ele sempre achava que tudo combinava. Achou linda sua saia longa e o modo que o vento e seus passos moldavam ondas no tecido. Era como se ela estivesse flutuando.
Poucas palavras, quase como se tivessem sido escolhidas para manter uma distância. Mas na verdade tudo que ele queria era a aproximação. Foi rápido. Na despedida pensou em pedir um abraço. Ele só precisava sentir o abraço.
Não falou, mas ela deve ter ouvido o pedido mesmo assim ou talvez, quem sabe, ela também quisesse. Abraçaram-se mas mesmo assim ele sabia que aquele não era o abraço dela. Ele já tinha experimentado o calor de estar encostado em seu peito, envolvido em seus braços.
Sem mais, despediram-se.
7.1.08
Papo de Bar
- E aquele carnaval na Praia Grande hein!?
- Qual? Da cachaçada?
- Claro, qual outro ficou marcado por tanta palhaçada?!
- Putz... que balada perdida. Sem contar o fato de eu ter que levar a ****** pro banheiro pra ver se ela melhorava.
- Há há há há! Confessa vai, deu uma 'apertada' nela?
- Apertada? Tá louco? A menina não conseguia ficar em pé e tinha vomitado um monte! Coloquei ela na ducha fria no quintal e depois ainda deixei ela no chuveiro, pra ver se melhorava.
- Também, quer mais o quê?! A louca fumou pra cacete e encheu a cara.
- Bestinha demais. E o imbecil que ela tava namorando ainda ficou puto comigo, ele que veio com esse papo que eu abusei da mocinha fora de si.
- Onde ele estava mesmo?
- Fumando na praia. Imbecil.
- Há há há há...
- Que foi?
- Você só se fode! Ficou de babá da menina louca e bêbada, cuidou dela, não fez porra nenhuma e ainda saiu como o cafajeste da história!
- Pois é... eu só me fodo mesmo. Preciso deixar de ser amiguinho.
- Qual? Da cachaçada?
- Claro, qual outro ficou marcado por tanta palhaçada?!
- Putz... que balada perdida. Sem contar o fato de eu ter que levar a ****** pro banheiro pra ver se ela melhorava.
- Há há há há! Confessa vai, deu uma 'apertada' nela?
- Apertada? Tá louco? A menina não conseguia ficar em pé e tinha vomitado um monte! Coloquei ela na ducha fria no quintal e depois ainda deixei ela no chuveiro, pra ver se melhorava.
- Também, quer mais o quê?! A louca fumou pra cacete e encheu a cara.
- Bestinha demais. E o imbecil que ela tava namorando ainda ficou puto comigo, ele que veio com esse papo que eu abusei da mocinha fora de si.
- Onde ele estava mesmo?
- Fumando na praia. Imbecil.
- Há há há há...
- Que foi?
- Você só se fode! Ficou de babá da menina louca e bêbada, cuidou dela, não fez porra nenhuma e ainda saiu como o cafajeste da história!
- Pois é... eu só me fodo mesmo. Preciso deixar de ser amiguinho.
6.1.08
Ao Espelho
Saiu do chuveiro e enrolou-se na toalha felpuda com tons alaranjados que tinha deixado pendurada no box. Andou até o quarto e ao passar pelo espelho, voltou-se e ficou olhando seus próprios olhos refletidos. Eles brilhavam de um jeito diferente, de um modo que chamou sua atenção e fez com que ela se aproximasse do espelho. Apesar das marcas roxas de suas olheiras achou-se mais bonita do que geralmente se achava.
Mexeu com as duas mãos nos cabelos molhados. Ao erguer os braços a tolha caiu e seu corpo ainda úmido e com o cheiro do sabonete refletiu no espelho. Ficou olhando a imagem de seus próprios seios, as auréolas e os mamilos rosados. Com a mão esquerda começou a acariciá-los. Mesmo olhando no espelho e sabendo-se sozinha naquele quarto, de repente sentiu como se aquela mão em seu peito não fosse a sua.
Fechou os olhos e sentiu uma respiração em seu pescoço. Enquanto uma mão passeava por seus seios, sentiu a outra deslizando em sua cintura, em sua barriga. Aquelas mãos e aquela respiração em seu pescoço faziam todos os pequenos e claros pêlos de seu corpo eriçarem-se. Um arrepio subia por sua coluna até a nuca e espalhava-se por seus braços.
A mão que estava em sua cintura agora deslizava por entre suas pernas. Sentiu dedos tocarem seu clitóris e foi como se um choque percorresse todo seu corpo. A sensação fez com que abrisse os olhos. Assustada, como quem acorda subitamente de um sonho, viu apenas sua imagem refletida no espelho.
Por alguns segundos ficou imóvel, apenas olhando a figura em sua frente. Aproximou o rosto novamente do vidro por não conseguir enxergar com os olhos marejados. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto tão lívido. Encostou-se no espelho frio e sua respiração embaçou o vidro. Soluçando, olhou bem no fundo dos olhos que se mostravam à sua frente e, arrependida, falou quase sussurrando: "por que você disse adeus?".
Mexeu com as duas mãos nos cabelos molhados. Ao erguer os braços a tolha caiu e seu corpo ainda úmido e com o cheiro do sabonete refletiu no espelho. Ficou olhando a imagem de seus próprios seios, as auréolas e os mamilos rosados. Com a mão esquerda começou a acariciá-los. Mesmo olhando no espelho e sabendo-se sozinha naquele quarto, de repente sentiu como se aquela mão em seu peito não fosse a sua.
Fechou os olhos e sentiu uma respiração em seu pescoço. Enquanto uma mão passeava por seus seios, sentiu a outra deslizando em sua cintura, em sua barriga. Aquelas mãos e aquela respiração em seu pescoço faziam todos os pequenos e claros pêlos de seu corpo eriçarem-se. Um arrepio subia por sua coluna até a nuca e espalhava-se por seus braços.
A mão que estava em sua cintura agora deslizava por entre suas pernas. Sentiu dedos tocarem seu clitóris e foi como se um choque percorresse todo seu corpo. A sensação fez com que abrisse os olhos. Assustada, como quem acorda subitamente de um sonho, viu apenas sua imagem refletida no espelho.
Por alguns segundos ficou imóvel, apenas olhando a figura em sua frente. Aproximou o rosto novamente do vidro por não conseguir enxergar com os olhos marejados. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto tão lívido. Encostou-se no espelho frio e sua respiração embaçou o vidro. Soluçando, olhou bem no fundo dos olhos que se mostravam à sua frente e, arrependida, falou quase sussurrando: "por que você disse adeus?".
4.1.08
Após a Tempestade
A suave brisa que acariciava seu rosto, como lisas e carinhosas mãos femininas, transformou-se em ventania. Seca e rude. Aquele céu cinza despencou como chumbo sobre a terra. Gotas pesadas, grossas e quentes estalavam ao cairem no chão. As águas avolumaram-se e formaram caudalosas enxurradas que arrastaram coisas pelo caminho.
A chuva foi pesada mas rápida. A ventania derrubou folhas, quebrou alguns galhos e deixou sujeira pelas ruas. Mesmo depois das nuvens escuras clarearem, o sol não apareceu. Não houve o arco-íris, aquele que ele queria muito que aparecesse.
Após a tempestade só sobrou o ar parado e o céu cinzento.
A chuva foi pesada mas rápida. A ventania derrubou folhas, quebrou alguns galhos e deixou sujeira pelas ruas. Mesmo depois das nuvens escuras clarearem, o sol não apareceu. Não houve o arco-íris, aquele que ele queria muito que aparecesse.
Após a tempestade só sobrou o ar parado e o céu cinzento.
2.1.08
E no Orkut...
Sorte de hoje: Faça apenas o que o coração manda
Google por favor, agora só quero é saber os números do próximo sorteio da Mega-Sena!
Google por favor, agora só quero é saber os números do próximo sorteio da Mega-Sena!
Admirável Ano Novo
Festa. Cerveja. Sorrisos. Rock n' Roll. Carne Assada. Música Alta. Maionese. Abraços. Vinho. Rock n' Roll. Cerveja. Lentilha. Risadas. Cerveja. Beijos. Abraços.
Inevitável chegar o Reveillon e não pensar no que foi feito nos últimos doze meses. O pior é pensar no que não foi feito. Mas afinal o ano acabou e agora é prestar atenção nos próximos meses, nos próximos dias, no próximo instante. É o próximo instante que importa.
A vida não muda só porque os números no calendário mudaram, mas têm coisas que terão que mudar. Coisas práticas: emprego e dinheiro por exemplo. Chega de pindaíba.
Exorcismos. Assim como há coisas que não quero exorcizar, há outras que não adianta alimentar. Ano Novo, limpeza dos armários, das gavetas, do porão e do sotão também.
Bom, post nada com nada... mas Feliz 2008 aos leitores-amigos que visitam o Sanctuarium: Thaína, Jô, Carol, Lu, Liz, Carol (RGS), Rodrigo... quem mais? E aos perdidos que caem aqui por acaso!
Inevitável chegar o Reveillon e não pensar no que foi feito nos últimos doze meses. O pior é pensar no que não foi feito. Mas afinal o ano acabou e agora é prestar atenção nos próximos meses, nos próximos dias, no próximo instante. É o próximo instante que importa.
A vida não muda só porque os números no calendário mudaram, mas têm coisas que terão que mudar. Coisas práticas: emprego e dinheiro por exemplo. Chega de pindaíba.
Exorcismos. Assim como há coisas que não quero exorcizar, há outras que não adianta alimentar. Ano Novo, limpeza dos armários, das gavetas, do porão e do sotão também.
Bom, post nada com nada... mas Feliz 2008 aos leitores-amigos que visitam o Sanctuarium: Thaína, Jô, Carol, Lu, Liz, Carol (RGS), Rodrigo... quem mais? E aos perdidos que caem aqui por acaso!
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