28.2.08

Óóóóó que simpático isso hein: O Fotógrafo.

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Na vitrola La Salva de Profundis - Arcana

27.2.08

Fotos, fotos & fotos

Pessoas,
O último final de semana foi animado, show do Zeca Baleiro, Destroyer (Kiss Cover) e Deep Purple!

No endereço http://www.edufotos.multiply.com/ vocês podem conferir essas e outras fotos, ok!? Entrem e comentem, falem mal, xinguem e deixem um real. Obrigado!

Por falar em fotos e Deep Purple, me lembrei agora de uma música linda do ex-tecladista do DP, Jon Lord, lançada há dez anos e que eu pedi para trazerem da Inglaterra, já que aqui não achava mesmo. Vou por a letra aqui e se você gosta de boa música, faça o favor a você mesmo e procure. Ou me peça que eu passo ;-)

"Here be friends, Here be heroes...
Here be sunshine, Here be grey...
Here be life, Here love lies bleeding...
Memories so hazy, And dreams that drove me crazy

Here be down, Here be paradise...
Here be starbright, Here be pain...
Here be smiles in eyes like rainbows...
My father and my mother, My sisters and my brother
Pictured within

Where there're shadows ill met by moonlight...
There are dragons I have slain...
And here be bright eyes with hair so golden...
Sunrise and sunset and running free...
And laughing at the rain

Here be home, Here be travellin'...
Here be thunder, Here be blue...
And sometimes heaven and thoughts of wonder...
The miracle of children, A poet and a pilgrim

Kith and kin - pictured within
Lose and win - pictured within"

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Na vitrola Pictured Within - Deep Purple & Orchestra (versão ao vivo)

26.2.08

"God of Thunder and Rock n' Roll"

Foi mais ou menos por volta de 1974, quando o Kiss era uma banda iniciante e eu estava viajando por Detroit, que fui até um barzinho naquela feia cidade norte-americana e aqueles caras estranhos estavam por lá.

Mentira, claro.

Esses caras da foto são da banda Destroyer, um Kiss cover que eu tive oportunidade de ver pela terceira vez neste último sábado aqui em Santo André.

Como dá pra ver, eles se caracterizam iguais os caras da banda e além de figurino os trejeitos também são idênticos. Pena que o público do local não estava muito animado, mas foi muito bacana. Sem contar a companhia agradável ;-*

Saímos do show do Zeca Baleiro e fomos pro Castelo. O bar é bacana, o que estraga é o povo feio.

Uma das baladas mais engraçadas que eu já fui, anos atrás, foi justamente em um show desses caras. Memorável.


25.2.08

Zeca Baleiro - SESC Santo André - 23/02

Mais de um ano após sua última apresentação na região do Grande ABC, o maranhense Zeca Baleiro subiu ao palco do SESC, em Santo André, para animar a noite do público no último sábado.

O show começou pontualmente às 20h00 e Zeca já deu início com uma de suas composições mais recentes, a engraçada “Toca Raul”. A música foi disponibilizada no site oficial do cantor em dezembro passado e a letra fala dos insistentes chatos que em todo show pedem aos gritos para que o artista no palco toque algo de Raul Seixas.

Apesar de praticamente nem se movimentar no palco, Zeca tem um carisma inegável e sem esforço consegue controlar a platéia. Mas no show o mérito não é só dele. O baixista Fernando Nunes e o guitarrista Tuco Marcondes são excepcionais, tanto na técnica quanto na performance no palco.

O repertório do show englobou músicas de seus cinco discos de estúdio, sem contar o “Lado Z”, além de composições inéditas que estarão presentes no próximo álbum do cantor. Foram duas horas de apresentação e algumas das músicas cantadas por Zeca e sempre com acompanhamento do público foram “Salão de Beleza”, “Eu Despedi o Meu Patrão”, “Filho da Véia”, “Alma Nova”, “Bandeira”, “Mamãe Oxum” e “Telegrama”.

Zeca, Fernando e Tuco apresentaram uma belíssima versão, com três violões, de “Bicho de Sete Cabeças”, clássico composto por Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Renato Rocha. A versão de Zeca Baleiro para esta faixa está incluída na trilha sonora do filme de mesmo nome, dirigido por Patrícia Bodanzky.

No Bis, Zeca e sua banda apresentaram “Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina”, “Pagode Russo”, “Vô Imbola”, e o sucesso “Lenha”, com inserções na letra de “Fala”, clássico do grupo Secos & Molhados. Para terminar, a banda fez um ‘medley’ instrumental com “Walk This Way”, do Aerosmith, e “Highway Star”, do Deep Purple.

Um ótimo show de um grande artista nacional que já faz parte do primeiro time da MPB.

Obs: em breve as fotos.

24.2.08

Blues da Piedade

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

-Frejat / Cazuza-

E hoje é só!

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Na vitrola, a própria

22.2.08

Máscara

Era mais uma sexta-feira daquelas em que o tédio se faz presente e chega avisando que não vai embora tão cedo. Ligou a TV. Ligou o PC. Desligou a TV. Acessou um jornal, depois um site de música, depois o YouPorn. Nada que acabasse com aquele marasmo.

Tentou imaginar onde estavam seus amigos. Conseguiu visualizar quase todos. Abriu uma cerveja e ficou olhando pela janela. Se fumasse acenderia um cigarro, mas odiava cigarros.

Ouviu chamarem seu nome. Já era tarde da noite, praticamente madrugada. Reconheceu a voz e achou muito estranho aquela visita naquela hora. Vestiu-se e foi abrir o portão.

- Oi, tá tudo bem? - a pessoa que aguardava no portão não respondeu. Ele ficou mais preocupado ainda. Abriu o portão e tentou cumprimentá-la com um beijo no rosto. Ela nem se mexeu, mas esboçou um sorriso que fez seu lábio curvar para cima.

Ela tirou da bolsa uma tira de seda preta e sem falar nada, ainda no portão, a amarrou em seus olhos. Sem entender bem o que acontecia, ele ainda tentou impedí-la, mas não precisou muito esforço para que ele entrasse na brincadeira.

Foram se beijando até o quarto. Nenhuma palavra foi dita. Ainda com os olhos vendados foi empurrado e caiu na cama. Levou as mãos aos olhos, tentando retirar a venda, mas ela segurou suas mãos. "Ssshhhh". Permaneceu imóvel. Fez-se silêncio no quarto.

Poucos instantes depois, ouviu a voz dela, quase sussurrando. "Tira". Ao tirar a venda dos olhos a viu em pé, em um canto do quarto. O perfume que exalava de sua pele parecia o envolver. Ela estava nua. Não completamente. Ela usava uma máscara.
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Na vitrola I Wanna Be Your Dog - Iggy Pop & the Stooges

O Segredo Desvendado

No começo foi apenas um e-mail. "Tudo bem, isso não é nada". Com o passar dos dias foram chegando outros com o mesmo tema. "Deve ser coincidência". Os remetentes foram se alternando. Eram vários, cada um falando de um modo diferente, mas todos falando do mesmo assunto.

Eles sabiam.

Mas como? Como sabiam? Não que aquilo fosse algum segredo hermético escondido a sete chaves, mas era algo que era melhor que fosse esquecido. Era uma realidade que batia na cara todos os dias. Os e-mails continuavam. Cada dia mais, mais...

Era como se alguém o estivesse vigiando. Sentia isso quando estava no quarto, no banheiro. Ficou três dias sem abrir aquela caixa de e-mail. Naquele dia, ao acessar a caixa postal havia mais de 40 mensagens com o mesmo conteúdo.

"Do you want enlarge your penis up to 4 inches?" / "I changed my instrumennt size now it is your turn" / "Add up to 4 inches to yours penis" / "I got so large it actually hurt her when I put my monster tool into her yesterday night".

Ao ler tudo aquilo, encheu os pulmões de ar e gritou: "Quem foi a filha da puta que contou pra todo mundo?"

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Na vitrola O Que é Que Você Tem na Boca, Maria? - Velhas Virgens
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Falta humor nesse blog. Vou tentar melhorar ;-)

16.2.08

Convite

Eu e minha amiga de longe, a (três mil Jô, três mil!), estamos escrevendo em um novo blog, o "Um a Um". A idéia é que um comece uma história e o outro termine, sem assinaturas nos textos, afinal o que importa é a história em si.

Convido vocês que acessam o Sanctuarium a dar uma olhadinha lá no Um a Um também. Convite feito.

14.2.08

Ajudando a sorte

Ela tirou o fone do gancho várias vezes antes de finalmente digitar o número do celular dele. Ele havia mandado uma mensagem alguns dias antes, durante a noite, e naquela noite ela dormiu muito bem, só por causa de uma simples mensagem. O que estava escrito nem importava muito, mas sim o fato dele ter mandado a mensagem e no final ter desejado boa noite.

O celular tocou três vezes antes de ele atender. Quando olhou no visor sentiu seu estômago se retorcer. Há dois meses ele aguardava aquela ligação.

-Pronto
-***? Tudo bem? É a *****.
-Olá *****! Nossa, fiquei surpreso agora! Não espera você me ligar. Tava torcendo pra isso acontecer, mas no fundo não esperava.

A conversa enveredou por amenidades. Os dois pisavam devagar em um terreno ainda desconhecido e, portanto, perigoso. Mas era óbvio que os dois sabiam onde queriam chegar.

-Você continua trabalhando no mesmo lugar, no mesmo horário?
-Tô sim, por que?
-Amanhã eu volto às aulas, se a gente tiver sorte, a gente se encontra no mesmo horário.
-Não acho uma boa idéia deixar isso com a sorte, acho melhor nós marcamos isso certo e darmos uma ajudinha pra nossa sorte...

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Na vitrola My Wine in Silence - My Dying Bride
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Pois é, por falar em volta às aulas minhas aulas na facul voltaram e por isso eu sumi do Sanctuarium. Mas no final de semana tento pôr algo que presta aqui.

10.2.08

Era um modelo antigo, desses que todo mundo lembra da casa daquela tia solteirona, ou viúva, geralmente marrom, ou vermelho. Na verdade não só o modelo era antigo. A peça em sí era velha, fora comprada em um brechó no centro da cidade que vendia discos, roupas, livros, móveis e uma porção de bugigangas. Apesar da loja estar em uma região movimentada, ficava numa vielinha que poucos passavam.

Foi ela que deu a idéia da decoração retrô quando decidiram morar juntos. A casa não era pequena, tão pouco podia ser chamada de grande, mas os quatro cômodos bem distribuídos eram mais que suficiente para os dois passarem seus finais de semana juntos.

Nunca sozinhos. Afinal os amigos - quase todos - moravam em apartamentos e a casa deles acabou se tornando um ponto de encontro para as tardes de churrascos, as noites de foundues e as manhãs de ressacas.

Quando estavam sós, era deitada ali que ela gostava de ficar, de preferência junto com ele, ou com a cabeça apoiada em suas pernas. Ela podia ficar horas deitada ali, só curtindo os dedos dele entre seus cabelos. Não precisava de mais nada.

Hoje, quando ele sente muito sua falta e quer conversar com ela, é ali que ele se senta. Mesmo sabendo que não há mais aqueles cabelos para acariciar. Mesmo sabendo que não há mais ninguém ali.

Na vitrola Solitary Man - H.I.M.

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Pessoas, este também faz parte da brincadeira com dona Jade. Agradeço ao Rodrigo que foi o único que deu uma sugestão de marcador, mas acabei optando pelo mesmo que a Jade, "Imagens em Palavras".

7.2.08

Tatu-Bola?

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Na vitrola The Pretender - Foo Fighters

O Último Dia - II*

Saiu da garagem cantando pneus. Aproveitou o sinal vermelho e colocou um velho CD para tocar. "Hey poor, hey poor, you don't have to be poor anymore! Jesus is Here!" Deu risada ao ouvir a primeira frase e gritou olhando no retrovisor: "Jesus is here!". A irônia da música e a batida forte faziam ela pisar mais no acelerador.

Teve que parar em outro semáfaro fechado e no carro ao lado três garotos olhavam como raposas babando sobre a presa. "Que ceninha patética de filme adolescente", pensou sem desviar os olhos do carro ao lado. "Oh God, I'm a sinner. I deserve to go to Hell". "Oi rapazes, querem brincar com uma mulher de verdade?". "Brincar não que a gente não é criança", foi a resposta, típicamente infantil, do motorista ao lado. "Tá bom, me desculpe. Faz assim, liga pra esse número amanhã, a gente marca de sair".

Quase pulando pela janela um dos rapazes esticou o braço e pegou o papel onde estava marcado o número de telefone do escritório onde ela trabalhava até uma semana atrás. O nome era da vagabunda que trepava com o chefe e causou sua demissão. "Por favor, me liga". Acelerou. "No sex untill marriage".

Só tinha um lugar para ir. Sabia que podia encontrar aquela pessoa lá. Se encontraram muitas vezes. Ao chegar, comprimentou o segurança, entrou, pegou uma bebida no bar e foi direto pra pista. Tinha prometido que hoje ela se permitiria tudo. Era o último dia daquela vida medíocre que levava. Era o último dia do medo e do arrependimento.

Logo seus olhos acostumaram com a escuridão e o forte strobo que explodia em diversas cores. Deu uma volta, reconheceu alguns conhecidos, ignorou todos. Até que viu quem procurava entre os flashes das luzes. Estava beijando outra pessoa. Por um instante se fez silêncio em sua mente.

Aproximou-se mordendo o lábio inferior. E aquilo não era tesão. Ele era alto, seu cabelo parecia claro ao reflexo das luzes, bem curtinho nas laterais. Ela também não era baixa. Branca, cabelos lisos, tingidos de vermelho, longos, formavam um 'V' em suas costas. Aproximou-se dos dois e ficou um instante olhando, até que pararam de se beijar.

Ela se aproximou mais. Ao redor o mundo girava com as luzes e as batidas da música. Olhou na cara dele e sem falar nada lhe deu um tapa que estalou, apesar do volume da música, e com as duas mãos em seu peito lhe empurrou. Ele apenas ficou parado, sem entender bem o que aconteceu. Ela virou-se para a moça, agarrou seus cabelos vermelhos e lindos, e lhe deu um beijo na boca, demorado, lento e forte.
Não era preciso dizer nada. A música falava por elas. "All I ever wanted, All I ever needed Is here in my arms. Words are very unnecessary, They can only do harm".

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Na vitrola Enjoy the Silence - Depeche Mode
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* O título ficou sem sentido, eu sei, mas a história começou de um jeito em outro texto e, como todos que escrevem qualquer coisa sabem, tomou outra direção e terminou assim. C'est la vie.

6.2.08

"Across the Universe"

Após a tentativa frustrada de ir ao cinema (ah, foda-se), finalmente consegui assistir o filme "Across the Universe", graças à Liz que me mandou o filme em um CD.

É quase impossível o filme ser ruim, claro, afinal é um musical com alguns dos maiores e mais bonitos clássicos da música contemporânea. A interpretação dos atores também é boa, mesmo porque a história não exige muito de ninguém.

O enredo trata da história de amor entre o inglês Jude e a norte-americana Lucy, de pano de fundo as revoltas sociais ocorridas nos Estados Unidos contra a guerra do Vietnã e a revolução social da juventude dos anos 60.

O casal protagonista, Jim Sturgess (Jude) e Evan Rachel Wood (Lucy), têm um ótimo desempenho como cantores, mas a boa mesmo é Dana Fuchs, que interpreta a cantora Sadie. Na verdade Dana é cantora profissional e tem até dois álbuns lançados, "Lonely for a Lifetime" e "Dana Fuchs Live in NYC".

Algumas imagens no filme são memoráveis como a cena de amor entre Lucy e Jude gravadas dentro de uma piscina e que dão a impressão que o casal está voando. Outro momento muito bacana é quando o irmão de Lucy, Max (Joe Anderson) vai para o exército. Os soldados todos com os rostos identicos e a coreografia de "I Want You (She´s so Heavy)" lembram o momento de "Another Brick in the Wall", no filme "The Wall", do Pink Floyd.

O filme conta com a participação especial de Bono Vox, do U2, caso alguém não saiba, que interpreta um visionário bicho-grilo, Dr. Robert. Uma espécie de Timothy Leary (não sabe quem é? Google!).

Enquanto o Dr. Robert canta "I am the Walrus" há vários efeitos que simulam o que os pobres mortais têm como referência de visões estimuladas pelo uso de LSD. Alguém tem aí? Em fotografia seria algo como solarização, mas não sei como isso é chamado em cinema.

"Across the Universe" é uma história bonitinha, ótimas imagens e enquadramentos, enredo simples e trilha sonora maravilhosa. Um bom divertimento.

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Na vitrola Girl - Jim Sturgess (Across the Universe Original Soundtrack)

5.2.08

A Velha Fotografia

Durante as tardes de sol, sentava-se numa velha cadeira no quintal e observava o seu mundo. As plantas, os pássaros e as lembranças que os 50 anos vividos naquela casa traziam.

Ao mesmo tempo que essas lembranças o pertubavam, também lhe davam alegria. Em tardes como esta, ia até seu quarto, pegava o velho bauzinho de madeira e voltava para o quintal. Relia cartas, ria com as velhas fotografias de seus pais há muito falecidos, os filhos que vieram, aquele que se foi junto com a esposa, os netos...

Tinha uma fotografia que sempre era a última a ser vista. Com todo cuidado, como se segurasse uma Custódia, ou outro objeto sacro, levava aquela fotografia à altura dos olhos que instantaneamente marejavam.

Mesmo passados 63 anos desde aquela tarde em Susa, no noroeste da Itália, nunca conseguiu esquecê-la. Os terrores da guerra haviam valido a pena, pois foi na guerra que ele encontrou Giuliana. As várias cartas que ela mandou para ele, depois de seu retorno ao Brasil, já não tinham mais seu perfume, mas traziam outros cheiros e recordações.

Além de uma cicatriz, a guerra lhe deu um amor. Amor esse que não chegou ao outro lado do Atlântico, por causa de uma tuberculose que levou sua Giuliana na semana que ela deveria embarcar para o Brasil. Hoje, no outono de sua vida, enquanto olha a velha fotografia ele espera o dia de encontrá-la de novo.
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Na vitrola La Valse d'Amélie - Yann Tiersen
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Minha amiga Jade Grimm deu a idéia de fazermos a seguinte brincadeira: ela me passa uma imagem e eu tenho que escrever um texto sobre a imagem, e eu faço o mesmo, passo para ela uma imagem e ela faz o texto. A imagem escolhida não pode ser negada por quem vai escrever o texto, então essa é minha primeira tentativa da brincadeira. Só preciso arrumar um marcador pra esses textos. Aceito sugestões.

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PS: o texto da Jade está no Jade Box, aproveitem e dêem uma lida lá também!

4.2.08

"Haja o que houver"



Haja o que houver eu estou aqui
Haja o que houver espero por ti
Volta no vento ó meu amor
Volta depressa por favor

Há quanto tempo já esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor

Eu sei quem és pra mim
Haja o que houver espero por ti

Há quanto tempo já esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor

Eu sei quem és pra mim
Haja o que houver espero por ti

- Madredeus -

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Uma das melhores expressões musicais da língua portuguesa, Madredeus. Ótimo instrumental e a bela voz de Teresa Salgueiro.

3.2.08

Vai Passar?

"Vai passar e você nem vai lembrar
Vai passar, tudo passa
Vai passar, pense em mim quando acabar
Vai passar, tudo passa
(...)
Vai passar, tudo um dia há de acabar
Vai passar, tudo passa
Vai passar e enfim, pra terminar
Vai sorrir e achar graça"

Enquanto ouvia a música, lembrava da textura de sua pele. Do cheiro, da cor, do gosto. Sentia o cheiro de seus cabelos lisos, pretos e longos. Acendeu aquele mesmo incenso que trazia à mente os poucos momentos que passaram juntos. Um incenso igual aquele tinha sido testemunha do amor dos dois. Algumas outras coisas também foram testemunhas.

Aquele banco, naquele parque. Aquele assento, da segunda fileira, ao lado da janela. Tudo trazia a lembrança dela. Já fazia tempo e mesmo assim aquela voz continua sussurando em seus ouvidos. Ou pelo menos ele queria que aquela boca estive ali, sussurando em seu ouvido.

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Na vitrola Esquece e Vai Sorrir - Ludov

1.2.08

Minha Vida Rock n' Roll

Confesso! Eu tive cabelo comprido até a cintura por uns 10 anos. Sim, eu ia para as baladinhas nas casas de amigos onde a única coisa que tinha para beber era pinga Pitú ou Cavalinho, vodka Laika, quando tínhamos dinheiro, e uma caixinha de cerveja que evaporava assim que o plástico da embalagem era rompido.

Confesso! Eu 'batia cabeça' feito um retardado na típica pose de tocar guitarra. 'Air Guitar', como eles dizem lá. Usava o uniforme calça jeans, All Star preto cano longo, camiseta preta com a estampa do "Vol. 4" do Black Sabbath, ou uma branca com uma foto da Janis ou do Morrison.

Confesso! Eu já corri dos malditos Carecas que ficavam perambulando pelo Paço Municipal de Santo André. Na sexta-feira iamos a pé da escola onde estudávamos, Dr. Celso Gama, até o bar do Ceará, oficialmente chamado Lollapalooza. Era um percurso de uma hora, ou mais. Ou voltava a pé ou esperava o ônibus até às 04h30 da manhã.

Confesso! Ia para a Led Slay, na tenebrosa Zona Leste de SP, tomava aquele bomberinho de metanol e acabava sendo abusado pelas meninas mais feias da balada com cabelo igual ao da Maria Bethania em 1966.

Tudo isso há mais de 10 anos. Não sei, mas me deu uma saudade dessa minha vida Rock n' Roll! Hoje tá mais pra um chato João Gilberto ou qualquer Caymmi desses da Bossa Nova.

Junho de 1996, quando eu não era gordo e era cabeludo


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Na vitrola Pretend We're Dead - L7